O maior acidente já ocorrido com o Césio 137 foi na cidade de Goiânia, em 13 de setembro de 1987. Toda a tragédia foi decorrente de um descuido na fiscalização do lixo radioativo, onde catadores de sucata retiraram de um aparelho de radioterapia abandonado aquilo que seria fatal: a cápsula misteriosa.
A fonte causadora do desastre foi um aparelho de radioterapia deixado em uma clínica desativada. O equipamento foi encontrado por catadores e levado para um ferro-velho. O que os dois homens não sabiam é que ele continha um material radioativo, o césio-137.
Os corpos das quatro primeiras vítimas do césio-137 estão enterrados em um cemitério municipal de Goiânia, o Cemitério Parque. Os túmulos têm mais que o dobro do tamanho dos outros. Debaixo do mármore, existem toneladas de concreto. Cada caixão pesava cerca de quinhentos quilos.
O trabalhador exposto à radiação explica ainda que muita gente que esteve no local do acidente hoje tem problemas cardíacos, câncer e distúrbio mental, além de sofrer com preconceito. O Revista Brasil fala até o dia 13 de setembro sobre esse acidente radioativo.
Estudos apontam que aproximadamente 75% dos indivíduos expostos a contaminações por acidentes nucleares apresentam alguma forma de sintomas psicológicos, desde a incapacidade de dormir à dificuldade de concentração e isolamento social.
Por que iodo em caso de radiação nuclear? No caso de um acidente nuclear, o iodo radioativo é uma das primeiras substâncias que escapam. Ele pode ser absorvido pelo ar, alimentos e até mesmo pela pele, e é armazenado naturalmente na tireoide. O iodo radioativo é cancerígeno e ataca as células do tecido desta glândula.
A radiação pode provocar basicamente dois tipos de danos ao corpo, um deles é a destruição das células com o calor, e o outro consiste numa ionização e fragmentação (divisão) das células.
A radiação ionizante é capaz de alterar o número de cargas de um átomo, mudando a forma como ele interage com outros átomos. Pode causar queimaduras na pele e, dentro do corpo, dependendo da quantidade e intensidade da dose, causar mutações genéticas e danos irreversíveis às células.
O segredo para amenizar os efeitos é manter a pele hidratada, mas não se engane: não é no banho que a hidratação deve ser feita. O banho deve ser rápido e com água morna, pois água quente pode acentuar ainda mais a sensibilidade da pele, agravando a coceira e o ressecamento. O sabonete tem de ser indicado pelo médico.
A imunidade, na maioria das vezes, não é alterada pela radioterapia. Durante o tratamento, muitas vezes, nem mesmo é necessário a realização de exames de sangue periódicos, para verificar se houve dano a imunidade.
A queda da imunidade é chamada de neutropenia. A quimioterapia tem como objetivo neutralizar as células cancerosas do tumor, porém, ela também pode afetar células saudáveis, como as da medula óssea. Quando isso acontece, ocorre a neutropenia.
A radioterapia na coluna ou no crânio pode afetar os nervos da medula espinhal ou do cérebro que pode provocar problemas neurológicos, dores de cabeça e problemas de concentração, que geralmente se tornam mais severos 1 ou 2 anos após o tratamento.
Radioterapia é tratamento no qual são utilizadas radiações ionizantes (Raios X, Raios Gama, Prótons, Elétrons) direcionadas à vertebra, a fim de promover morte tumoral. O tratamento é fracionado entre uma a 20 sessões. Para tumores de coluna, a técnica mais utilizada é a teleterapia.