O sistema de saúde brasileiro atende a mulher diretamente na rede pública e, por meio de convênios, nos hospitais particulares. No SUS, o médico recebe mais por uma cesárea (R$ 387,30) do que por um parto normal (R$ 263,49). Nos convênios, a lógica é a mesma (até R$ 600 o parto normal e até R$ 1 mil a cesárea).
Questione o médico até quantas semanas ele espera pelo parto normal. Se ele disser que não passa das 40 semanas é algo preocupante. Uma gravidez a termo vai de 37 a 42 semanas e, se estiver bem monitorada ou acompanhada, a mulher pode e vai parir lindamente muitas vezes sem precisar de induções.
Diagnosticar “bacia estreita” ou “bebê grande” e contraindicar um parto antes do trabalho de parto é uma falácia. Somente com a dilatação total do colo uterino, juntamente com a descida do bebê na pelve materna, que podemos saber se essa mulher tem “passagem”.
Em um trabalho de parto precipitado as contrações uterinas são incomumente fortes e frequentes, e além disso pode haver pequena resistência das partes moles maternas. As contrações uterinas levam a cérvix a se dilatar muito rapidamente e também empurram o feto através do canal de parto muito rapidamente.