Os dissacarídeos (como maltose, lactose e sacarose) consistem em 2 monossacarídeos unidos covalentemente por uma ligação O-glicosídica, a qual é formada quando um grupo hidroxila de uma molécula de açúcar reage como o carbono anomérico de outro (figura abaixo).
Os principais são: Sacarose: união da glicose com a frutose, presente no açúcar de mesa e alguns adoçantes; Maltose: união de suas moléculas de glicose, extraída de cereais, como a cevada, germinados; Lactose: união da glicose com a galactose, encontrada no açúcar do leite.
A enzima lactase hidrolisa a lactose em glicose e galactose que são absorvidas pela mucosa intestinal. A glicose entra para o pool de glicose do intestino, e a galactose é metabolizada no fígado para ser convertida em glicose, e entrar nesse pool.
A lactase, um dos vários dissacarídeos contidos na borda das células epiteliais do intestino delgado (enterócitos), hidrolisa a lactose em açúcar, glicose e galactose.
Uma nítida demonstração da hipótese genética de que a persistência da produção da Lactase é um traço dominante foi obtida a partir de um estudo realizado na África envolvendo duas populações distintas quanto à capacidade de digerir a Lactose na vida adulta.
O estado “lactase persistente” é determinado por padrão de transmissão autossômico dominante. Sua ausência indica intolerância à lactose. As variantes genéticas associadas à tolerância são diferentes dependendo da população.
Interpretação do teste genético de intolerância à lactose: Genótipo C/C: Lactase não persistência (Intolerância à lactose) Genótipos C/T e T/T: Lactase persistência (Tolerância à lactose) OBS: O Genótipo C/T apresenta maior suscetibilidade a desenvolver intolerância à lactose em situações de estresse.
Como funciona o teste genético? O teste é realizado através da analise de uma amostra de saliva. Assim, após a coleta da amostra a análise é feita em laboratório e o resultado é disponibilizado através de um laudo genético.
Há outros dois exames comuns para identificá-la: a prova de absorção e o hidrogênio exalado. O primeiro custa cerca de R$ 255 e o paciente ingere em jejum um líquido com dose concentrada de lactose durante duas horas.
Existem três tipos de intolerância à lactose de causas diferentes:
É a forma mais comum de má absorção de lactose e de intolerância. Há ainda a secundária ou adquirida, resultado de lesões no intestino delgado ou de alguma doença, como desnutrição, quimioterapia e cólica ulcerativa. Também pode se apresentar em qualquer idade, mas é mais comum na infância.
Se uma grávida intolerante a lactose, ingere lactose durante a gravidez, isso pode causar algum malefício ao bebê ou apenas um desconforto à mãe? Não causa nenhum problema para o neném!
Como vimos anteriormente, a intolerância pode surgir de diferentes formas, mas consiste basicamente na deficiência do nosso corpo em produzir a enzima lactase, e isso pode ocorrer, sim, em qualquer idade; do desmame à vida adulta.
Pessoas que sofrem de intolerância à lactose podem substituir o cálcio que viria do leite por outros alimentos e, quando falamos de uma mulher grávida, fazer isso pode ajudar no desenvolvimento saudável do bebê. Para uma mulher grávida, é recomendada a ingestão de aproximadamente 1.
As pessoas com intolerância à lactose podem sentir desconforto após consumir leite e derivados. Os sintomas podem ser dor abdominal, estufamento abdominal, gás, diarréia e náuseas.