Zoroastro
O Irã, país que se localiza no Planalto Iraniano (Oriente Médio), era chamado de Pérsia do século 6 a.C. até 1935, apesar de o nome Irã já ser utilizado pelos persas desde o século 7. Durante a Antiguidade, a Pérsia foi um grande império, que englobava desde a atual Turquia até o Punjab, incluindo o Egito (África).
Dualismo é um conceito religioso e filosófico que admite a coexistência de dois princípios necessários, de duas posições ou de duas realidades contrárias entre si, como o espírito e matéria, o corpo e a alma, o bem e o mal, e que estejam um e outro em eterno conflito.
Essa era uma religião dualista ( crenças em dois deuses). Ormuz representava o bem e Arimã, o mal. Segundo o zoroastrismo, no dia do juízo final, Ormuz sairá vencedor e lançará Arimã no abismo. Nesse dia, os mortos ressuscitarão e todos os homens serão julgados, os justos ganharão o céu e os injustos.
Descartes
Platão, por sua vez, era dualista, pois acreditava em uma dupla e distinta realidade, constituída pelo Mundo das Ideias e pelo mundo físico.
René Descartes propôs o dualismo das substâncias (que seriam uma entre duas coisas: res cogitans ou res extensa). Para ele o espírito e o corpo seriam nitidamente distintos. Espírito e matéria constituiriam dois mundos irredutíveis, assim não seriam nunca uma substância só, mas sempre duas substâncias distintas.
adjetivo Em que há dualismo, existência simultânea de duas coisas, princípios, sensações contraditórias numa mesma situação ou pessoa. Que se refere ao princípio compartilhado por algumas religiões que afirma ser possível a existência simultânea do espírito e do corpo, do bem e do mal.
Descartes demonstra a superioridade da alma em relação ao corpo, devido ao uso da razão, mas isto não significa que o corpo deva ser desprezado, pois, sem ele, a alma não teria motivo de existir, ela apenas tem sentido unida ao corpo.
Para Descartes, o cogito é o princípio do conhecimento e constitui atividade da “alma”. Por todas as Idades Antiga, Média e Moderna, o pensamento permanecerá como atributo da alma, com implicações fundamentais para a epistemologia – a saber, a inadequabilidade intrínseca entre o pensamento matéria.
Estava claro para ele que o cérebro era o ponto central das funções da mente e a única estrutura cerebral unitária seria o corpo pineal (glândula localizada atrás da terceira cavidade do cérebro) ou conarium. Descartes considerou esse ponto como o centro da interação mente-corpo.
O intelecto em Aristóteles surge da relação entre a alma e o corpo. Alma e corpo não são entidades separadas. ... Assim, a alma humana, sendo embora uma e única, tem várias faculdades, funções, porquanto se manifesta efetivamente com atos diversos. Aristóteles, enfim, associa a alma com nossa capacidade de conhecimento.
E assim, conforme Aristóteles, diversamente de Platão, o corpo humano não é obstáculo, mas instrumento da alma racional, que é a forma do corpo. O homem é uma unidade substancial de alma e de corpo, em que a primeira cumpre as funções de forma em relação à matéria, que é constituída pelo segundo.
Nos tempos homéricos, o grego antigo não apresentava uma visão de corpo e mente bem definido. Isto ocorre somente quando surge uma forma de pensar própria da civilização grega, possibilitando a formação das bases do pensamento ocidental.
Era uma concepção marcadamente dualista. O corpo era o cárcere da alma e só a morte a libertava. Por isso propunha a abstenção como norma, desde a alimentar até a sexual, para fins de purificação. ... Assim, o sofrimento “não era mais do que uma longa educação da alma” [3].