O preconceito linguístico é o juízo de valor negativo para a forma de falar das pessoas que dominam o mesmo idioma. O Brasil apresenta uma grande extensão territorial ocupada por povos de várias culturas, como os índios brasileiros, imigrantes vindos de vários países europeus, a exemplo da França, e afrodescendentes.
O preconceito linguístico resulta da comparação indevida entre o modelo idealizado de língua que se apresenta nas gramáticas normativas e nos dicionários e os modos de falar reais das pessoas que vivem na sociedade, modos de falar que são muitos e bem diferentes entre si.
O preconceito linguístico é, segundo o professor, linguista e filólogo Marcos Bagno, todo juízo de valor negativo (de reprovação, de repulsa ou mesmo de desrespeito) às variedades linguísticas de menor prestígio social. Ele está diretamente ligado a outros preconceitos (regional, cultural, socioeconômico etc.)
Visto que, o nordeste é conhecido como uma das regiões mais pobres do Brasil, é a que mais sofre discriminação linguística. ... Essa exposição de que o sotaque do nordeste é algo engraçado, que causa o preconceito entre pessoas, em sua maior parte do sudeste.
Segundo pesquisa do Datafolha, publicada em 2019, uma ampla maioria dos brasileiros entrevistados (78%) relatou nunca ter sido vítima de preconceito racial, e 22% afirmaram já terem sido discriminados.
O preconceito linguístico é geralmente causado pela ideia de que existe apenas uma única língua correta e isso colabora significativamente para a prática da exclusão social.
Quando apontamos uma variação linguística como erro, cometemos o que chamados de Preconceito Linguístico. ... Essa peculiaridade de toda e qualquer língua é o que chamamos de variação linguística, que está sujeita ao contexto histórico, geográfico e sociocultural no qual os falantes estão integrados.
SAIBA EVITAR O PRECONCEITO LINGUÍSTICO
A partir da necessidade de interação social, as variações ocorrem devido aos próprios falantes arranjarem e rearranjarem a língua. Quando essas alterações são vistas como erradas, esse julgamento é chamado de “preconceito linguístico”. Esse preconceito age de forma depreciativa contra o modo que a pessoa fala.
Refere-se a cada uma das modalidades em que uma língua se diversifica, em virtude das possibilidades de variação dos elementos do seu sistema (vocabulário, pronúncia, sintaxe) ligadas a fatores sociais ou culturais (escolaridade, profissão, sexo, idade, grupo social etc.)
O professor deve conscientizar o aluno que a variação é característica intrínseca de toda língua (SOUZA; JESUS; GOMES, 2013), orientando-o no sentido de evitar o preconceito linguístico ao se deparar com manifestações linguísticas diferentes da sua, pois a função da escola é “discutir os valores sociais atribuídos a ...
Ler textos de autores renomados de nossa literatura e identificar as variações linguísticas existentes nos mesmos. Identificar as características, geográficas e históricas das obras. Identificar e classificar as variações linguísticas. Escrever textos que contemplem as variações do estado de origem do aluno.
É possível identificarmos a diversidade da linguagem no nosso país. ... É preciso que as pessoas percebam a importância da diversidade linguística. Pois essa vai muito mais além de uma prática “bonita” de falar, mas reflete a nossa própria realidade cultural.
O conceito de monitoramento linguístico advém dos primeiros estudos sociolinguísticos e se configura pela marca de fala ou escrita que caracteriza a variação. Esse ato de variar uma ou várias expressões linguísticas, ou seja, monitoramento, também recebe outras designações como registro, estilo ou monitoração.
Variação linguística social/cultural: é o tipo de linguagem utilizada por determinado grupo social, que por preferências, atividades e ou nível socioeconômico adota um linguajar próprio. Podemos exemplificar com os grupos de profissionais como advogados ou surfistas.