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As comunidades quilombolas são grupos étnicos, predominantemente constituídos de população negra rural ou urbana, descendentes de ex-escravizados, que se autodefinem a partir das relações específicas com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias.
Os grupos étnicos conhecidos como “comunidades remanescentes de quilombos”, “quilombolas”, “comunidades negras rurais” são constituídos pelos descendentes dos escravos negros que, no processo de resistência à escravidão, originaram grupos sociais que ocupam um território comum e compartilham características culturais ...
Ascom/FCP – E qual importância dos Quilombos para a sociedade brasileira? ... Elas são um patrimônio cultural de todo o povo brasileiro e para os afrodescendentes representam uma referência positiva para a luta de todos nós pela cidadania brasileira plena.
A proteção dessas comunidades por meio da titulação de suas terras significa, ainda, a preservação da identidade nacional e também de importantes áreas de proteção ambiental, uma vez que são as comunidades tradicionais (indígenas e quilombolas) as maiores cuidadoras desses espaços.
Os quilombolas constituem relevante minoria, sendo que a inclusão de tais atores sociais afigura-se como essencial para a concretização dos objetivos da República, em especial a construção de uma sociedade sem preconceitos.
A citada norma constitucional cria a obrigação ao Estado em construir políticas públicas destinadas ao reconhecimento das comunidades quilombolas, bem como a delimitação, demarcação e titulação de suas terras.
No imaginário popular é muito comum a associação dos quilombos a algo restrito ao passado, que teria desaparecido do país com o fim da escravidão. De acordo com outras fontes, o número total de comunidades remanescentes de quilombos pode chegar a cinco mil. ...
Extrativismo, artesanato, produção cultural, turismo de base comunitária e a venda de produtos feitos a partir de matérias primas produzidas pela comunidade também contribuem para complementar a renda. ...
O quilombo é composto por mais de 80 famílias que realizam atividades rurais que vêm da produção de farinha e da plantação de feijão, milho, mandioca cacau e hortaliças, e se beneficiam também do artesanato, extrativismo e venda de produtos feitos pela comunidade como alternativas para complementar a renda.
A atividade econômica nos quilombos, que sobrevive, em essência, nos atuais aglomerados remanescentes, teria sua origem numa peculiaridade da escravidão no Brasil: o hábito dos senhores de conceder parcelas de terra e um ou dois dias por semana aos escravos para o cultivo de alimentos, a fim de se manterem.
A roça de coivara é o esteio do Sistema Agrícola Tradicional Quilombola do Vale do Ribeira. Ela é realizada mediante autorização da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e respeita o que estabelece a lei da Mata Atlântica sobre corte e a queima controlada da vegetação em comunidades tradicionais.
Os quilombolas desenvolveram há mais de 300 anos um cultivo de alimentos na Mata Atlântica que não usa adubo nem agrotóxico, chamada roça de coivara. ... Eles precisam de autorização para o corte de pequena área de vegetação nativa de Mata Atlântica para fazer a roça.
Monocultura corresponde ao cultivo de um único produto agrícola, realizado, geralmente, em latifúndios. Essa prática está associada a impactos ambientais. Monocultura representa o cultivo de uma única espécie vegetal, como a soja.
Roça de Toco é tema de evento em Florianópolis A Roça de Toco é um tradicional sistema de cultivo praticado nas localidades de Três Riachos e Fazendas, em Biguaçu, em que uma pequena área de vegetação é derrubada e depois cultivada por dois anos.