Trazidos da África para trabalhar na lavoura, na mineração e no trabalho doméstico, os escravos eram alojados em galpões úmidos e sem condições de higiene, chamados senzala. Além disso, eles viviam acorrentados para evitar fugas, não tinham direitos, não possuíam bens e constantemente eram castigados fisicamente.
tráfico negreiro
Os escravos praticamente sempre dormiam em palha ou em chão duro de terra batida. Os homens viviam separados das mulheres e das crianças. ... Muitas vezes, os escravos eram acorrentados dentro das senzalas para se evitar as fugas. Costumavam ser rústicas, abafadas (possuíam poucas janelas) e desconfortáveis.
Os escravos africanos foram trazidos ao Brasil nos tumbeiros (navios negreiros). Quando chegavam ao território brasileiro, eram levados para o mercado de escravos, onde eram negociados com os senhores proprietários de engenhos. ... Geralmente, os preços dos escravos eram altos.
Em seu amplo levantamento de preços de escravos saudáveis, em Minas Gerais, nos séculos XVIII e XIX, Laird Bergad informou que o valor médio de um cativo crioulo do sexo masculino, de 15 a 40 anos de idade, em 1789, era de 105$000 réis. Nesta mesma faixa etária e sendo do sexo feminino valia 88$000 réis.
Algumas formas eram: formação de quilombos, fugas ou suicídios, magia, assassinatos e sequestros de senhores, paralisações, sabotagens e roubos.
A história dos navios negreiros é das mais comoventes. Homens, mulheres e crianças eram transportados amontoados em compartimentos minúsculos dos navios, escuros e sem nenhum cuidado com a higiene. Conviviam no mesmo local, a fome, a sede, as doenças, a sujeira, os agonizantes e os mortos.
Os africanos eram tratados como se fossem um único povo, cuja cultura era considerada "inferior". Por isso eram obrigados a trabalhar em situações degradantes, vivendo de forma precária, sendo punidos com violência caso não cumprissem as ordens que lhes eram dadas.
O navio negreiro – ou “tumbeiro” – foi o tipo de cargueiro usado para trazer mais de 11 milhões de africanos para serem escravizados na América. Em caravelas ou barcos a vapor, europeus, americanos e até mesmo negros se metiam no “infame comércio”.
Os escravos também trabalhavam em fazenda que plantavam outras culturas agrícolas, como algodão, arroz, milho, mandioca entre outros. Também trabalhavam na produção de farinha de mandioca, de milho e água ardente. No século XIX o trabalho escravo também era explorado nos centros urbanos.