Os fatores que alteram a estrutura de uma proteína podem ser diversificados, incluindo alteração na temperatura e no pH do meio, ação de solventes orgânicos, agentes oxidantes e redutores e até mesmo agitação intensa.
Calor não muda a carga das proteínas (cargas ficam mais na superfície – ligação com a água). Rompe as ligações de hidrogênio e ligações eletrostáticas - que estabilizam a sua conformação causando também o desenrolamento da cadeia. Água facilita a desnaturação térmica das proteínas.
Dois exemplos simples de desnaturação ocorrem: Ao pingar gotas de limão no leite, o pH é alterado, causando a desnaturação das proteínas, que se precipitam na forma de coalho (Cf. queijo). Ao cozinhar um ovo. O calor modifica irreversivelmente a clara, que é formada pela proteína albumina e água.
A febre alta, acima de 40 graus, pode ocorrer a desnaturação de proteínas, já que quase todas as proteínas endógenas funcionam entre 35 e 37 graus.
Caso a febre chegue perto ou até mesmo atinja a marca dos 40°C, o quadro é considerado de fato perigoso e a procura por consulta médica ou ida ao pronto-socorro se tornam fundamentais. A febre persistente também merece bastante cuidado, especialmente entre idosos e crianças.
Uma temperatura corporal alta assim pode causar o mal funcionamento da maioria dos órgãos. Tal elevação extrema às vezes resulta de infecção muito grave (tal como sepsia, malária ou meningite), podendo ser causada também por insolação ou pelo uso de certas drogas.
Febres contínuas mais graves e que elevem a temperatura do organismo de forma demasiada podem provocar desidratação, alucinações e convulsões, com sintomas como tremedeira de membros e perda de consciência. Novamente, determinar a causa da febre é a principal forma de combatê-la.
Quando a temperatura corporal passa dos 45ºC, a morte já é quase certa. Nem sempre é a temperatura externa a causadora de um quadro de hipertermia. Na verdade, na maior parte das vezes essa situação emerge de uma febre muito intensa, ocasionada pela batalha do organismo para repelir micróbios invasores.
Mesmo que o corpo chegue a 39°C, ele ainda funciona, pois nosso mecanismo regulador consegue diminuir a temperatura. Quando alcança 40°C, pode levar ao coma e, com 42°C, a pessoa morre.”
Testes mais recentes e menos perigosos foram capazes de descobrir a exata temperatura máxima que podemos aguentar: 127ºC, por 20 minutos. Na verdade, o suor é o grande responsável por suportarmos altas temperaturas.