A Herança por Mistura, uma crença comum na época, dizia que em geral os filhos herdavam caracteres que seriam a média daqueles dos pais.
No fim do século XIX, Francis Galton (Inglaterra, 1822-1911) sugeria que a herança se desse através do sangue. Criou a “Lei da Herança Ancestral”, onde dizia que o sangue de cada individuo seria uma mistura do sangue de seu pai e de sua mãe numa proporção de 50%.
As primeiras noções sobre hereditariedade provavelmente surgiram com a domesticação de animais e a agricultura, pois pode-se perceber que, ao se reproduzirem, os organismos geravam indivíduos de sua mesma espécie e semelhantes aos genitores.
Antes de Mendel, ou seja, antes da concepção de gene, as ideias sobre hereditariedade sempre foram muito especulativas, e prevalecendo às teorias de herança fluída e particulada. ... Por fim, a herança Epigenética surge para provocar reflexões e questionamentos ainda maiores sobre as ideias de herança.
A hereditariedade é um fenômeno que representa a condição de semelhança existente entre ascendentes (geração parental) e descendentes (geração filial), através da contínua transferência de instruções em forma de código (as bases nitrogenadas), inscritas no material genético (molécula de ácido desoxirribonucleico), ...
Cromossomo, gene e DNA Genética é a ciência que estuda a transmissão das características hereditárias ao longo das gerações. Por volta de 1986, Gregor Mendel postulou duas Leis que serviriam como ponto de partida e até hoje são a base do estudo da hereditariedade.
Primeira Lei de Mendel A Lei da Segregação diz que cada característica dos indivíduos é determinada por fatores que se dividem ainda na formação dos gametas – células encarregadas da reprodução sexuada. Esses tais fatores observados por Mendel são os genes.
Genótipo:É a constituição genética de um organismo, ou seja, o conjunto de alelos que ele herdou dos genitores. Fenótipo: São as características internas ou externas de um ser vivo, geneticamente determinadas.
Fenocópia é o individuo cujo fenótipo, originado por influências principalmente ambientais, é idêntico ao fenótipo produzido por um determinado genótipo, de certo modo mimetizando um fenótipo produzido por um gene.
A expressividade é a extensão com a qual o gene é expresso em um indivíduo. Pode ser graduada como porcentagem, p. ex., quando um gene apresenta 50% de expressividade, apenas metade das características está presente ou a gravidade é de apenas metade da que poderia ocorrer com a expressão completa.
Mendel realizou diversos experimentos com ervilhas a fim de demonstrar os mecanismos de hereditariedade. Ele resolveu utilizar as ervilhas porque elas realizam autofecundação, possuem ciclo de vida curto, são cultivadas facilmente e produzem um grande número de descendentes. Não pare agora...
No total, foram estudadas sete características: forma da semente (lisa ou ondulada), cor da semente (amarela ou verde), cor da flor (púrpura ou branca), forma da vagem (inflada ou constrita), cor da vagem (verde ou amarela), posição da flor (axial ou terminal) e comprimento do caule (alto ou anão).
Alguns traços são herdados através de nossos genes, então pessoas altas e magras tendem a ter filhos altos e magros. Outros traços vêm de interações entre nossos genes e o meio, então uma criança pode herdar a tendência para ser alta, mas se ela for insuficientemente nutrida, ela ainda será baixa.
Nos diversos experimentos que realizou, Mendel observou outras características da planta, como altura da planta, cor da flor, cor da casca da semente, e notou que em todas as características algumas sempre se sobressaíam às outras, ou seja, existia dominância e recessividade.
As ervilhas são facilmente cultivadas, além de terem características macroscopicamente visíveis e de fácil diferenciação. Elas também produzem muitas sementes, além de poderem se reproduzir de forma sexuada e assexuada. Outro ponto importante é a facilidade de se conseguir ervilhas de linhagens puras e baratas.