As pesquisas sobre as causas da esquizofrenia ainda são inconclusivas. A hipótese mais aceita é de que a doença seja multifatorial, sugerindo que os sintomas se desenvolvem em pessoas com alguma vulnerabilidade biológica, somada a agentes estressores psicológicos, ambientais ou físicos.
“Hoje, com tratamento adequado, o paciente esquizofrênico fica sob controle e pode levar uma vida relativamente normal, com convívio social e familiar”, diz. “A doença é complicada, difícil para pacientes e familiares, mas, se tratada corretamente, existe esperança.”
A doença atinge um milhão de brasileiros, mas não afeta apenas a qualidade de vida dos pacientes: toda a família precisa lidar com os sintomas da enfermidade. É a mais cara entre as doenças mentais custeadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, em média, reduz em 15 anos a expectativa de vida do esquizofrênico.
As manifestações clínicas são variáveis, incluindo as alterações perceptivas (alucinações), alterações na forma e no conteúdo do pensamento (pensamento incoerente ou com afrouxamento das associações, delírios), discurso desorganizado, comportamento amplamente desorganizado ou catatônico e sintomas “negativos” (alogia, ...
Outro neurotransmissor, o glutamato, também está relacionado ao desenvolvimento da esquizofrenia. Segundo a hipótese glutamatérgica, quantidades excessivas desse neurotransmissor são liberadas e exercem um efeito neurotóxico que desencadeia os sintomas da esquizofrenia.
As substâncias psicoativas mais utilizadas são álcool, tabaco, maconha, cocaína e anfetamina, havendo a possibilidade de que a vulnerabilidade genética para desenvolver esquizofrenia também aumenta o risco para o uso de substâncias como álcool, cannabis e nicotina em indivíduos sem psicose.
O ato de fumar tem sido associado com a psicose, mas há muito acredita-se que pacientes com esquizofrenia são mais propensos a fumar porque usam o cigarro como uma forma de automedicação para aliviar o sofrimento de ouvir vozes ou ter alucinações.