Familiaridade em que há franqueza e amizade verdadeira.
O conceito refere-se à qualidade ou característica de cordial: carinhoso, afetivo. Por exemplo: “Depois do encontro, voltou a cordialidade entre o governo e a oposição”, “O presidente recebeu com cordialidade todos os governadores”, “Não somos inimigos, mas rivais no campo de jogo: sempre houve cordialidade entre nós”.
Significa que existe respeito entre as pessoas envolvidas.
Significado de Cordiais O mesmo que: amáveis, amigáveis, afetuosos, benevolentes, benignos, fortificantes, peitorais.
É uma mandação de abraço que, quem vê de fora, fica com a impressão de que no Brasil a gente vive se abraçando pelas ruas, numa grande confraternização.
Qualidade de cordial, do que é afetuoso, amável; afabilidade. Ato de expressar carinho, afeto e amizade; familiaridade: trataram-na com excesso de cordialidade. [Por Extensão] Comportamento informal e educado, especialmente em ambientes de trabalho: tratava os colegas com cordialidade.
Ou seja, a cordialidade tem como uma de suas características sociais positivas atenuar os conflitos, mas como subproduto ela reduz a eficácia construtiva da troca de ideias na sociedade.
A "cordialidade" que se manifesta, por exemplo, no uso de diminutivos ou na informalidade que marca a nossa cultura seria o expediente usado para misturar as relações públicas e privadas e guardar uma proximidade que, na verdade, disfarça as distâncias sociais.
Definição. O homem cordial seria a contribuição brasileira para a humanidade, na perspectiva de Sérgio Buarque. ... Com isso, o homem cordial, a essência do brasileiro, seria uma herança da colonização ibérica que precisava ser relativizada para que o Brasil alcançasse a civilidade moderna.
Por isso, quem seria o Homem Cordial? Dentro de sua principal obra, “Raízes do Brasil” (1936), Sérgio Buarque de Holanda, em um capítulo denominado “Homem Cordial”, defende a tese de que este seria o brasileiro: um ser que prioriza a cordialidade.
O conceito, na origem, mistura um pouco do egoísmo europeu, "tocado pela intolerância e pela fome", com a "vastidão generosa" das Américas, criando seres humanos hospitaleiros e com tendência à credulidade. Sérgio Buarque de Holanda só lançaria o "Raízes do Brasil" cinco anos mais tarde.
O homem cordial é visceralmente inadequado às relações impessoais que decorrem da posição e da função do indivíduo, e não da sua marca pessoal e familiar, das afinidades nascidas na intimidade dos grupos primários”. A não distinção entre o público e o privado também seria uma característica forte do Homem Cordial.
A contribuição do “O Homem Cordial” na formação do Brasil é, para Sérgio Buarque de Holanda, uma das principais chaves interpretativas do Brasil. As décadas de 1920 e 1930 foram de intensa atividade intelectual e artística no Brasil.
Buarque de Holanda busca as raízes do Brasil não apenas na economia como também na política, à qual atribui um grande potencial para moldar a história. Ele tampouco compartilha com Prado Júnior a ideia de que uma sociedade justa só poderia surgir com a superação do capitalismo.
Sérgio Buarque de Holanda diz que o público e o privado não se diferem, visto que o administrador do interesse público, usufrui da " 'coisa pública" como se fosse privado, é o que Weber chama de Patrimonialismo.
Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) foi um historiador brasileiro. Autor do clássico "Raízes do Brasil". Foi também crítico literário, jornalista e professor. Sua vida foi praticamente dedicada ao trabalho acadêmico.
Menos preocupado com a forma, Sérgio Buarque de Holanda procurou dissecar as raízes do Brasil em sua essência, menos palpável, portanto, que a imagem da casa-grande e da senzala que dão corpo ao sistema patriarcal, latifundiário e escravocrata apresentado como modelo explicativo por Freyre.
O autor faz parecer que o preconceito com os negros era bem maior do que com os índios no Brasil colonial. O Brasil não conheceu outro tipo de trabalho que não fosse o escravo. ... Sérgio Buarque ainda afirma, que a própria língua portuguesa era mais fácil para os índios e os negros, o que ajudou muito na colonização.
Sérgio Buarque de Holanda dedicou-se, desde o fim da década de 1920, a entender a formação plural do povo brasileiro. ... A teoria histórica proposta por Sérgio Buarque tornou-se uma teoria sociológica da formação do povo brasileiro, com apontamentos sobre como a sociedade brasileira estabeleceu-se.
Resposta. Porque o homem cordial é aquele que não busca conflitos, quer resolver tudo na base da conversa e "camaradagem".
O artigo busca debater alguns paradigmas produzidos por Sérgio Buarque de Holanda, em especial o conceito de “Homem cordial” que, na minha compreensão, refletem o pensamento oligárquico brasileiro, repetindo e aprofundando teses de Gilberto Freyre.
Sérgio Buarque de Holanda coloca a ideia de um padrão colonial ibérico, diferenciando a colonização portuguesa e espanhola da colonização de outros povos europeus (ingleses, franceses, alemães). Para ele, a colonização espanhola, em muito caracterizada pela violência, modificou suas colônias de modo mais veemente.
Sérgio Buarque de Holanda
O livro “Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda, foi lançado em 1936. Como o próprio título diz, o livro investiga as origens da formação do povo brasileiro. Para tanto, Sérgio Buarque utiliza as teorias sociológicas do alemão Max Weber para compor seu estudo.
O livro foi escrito na forma de um longo ensaio histórico, tendo sido dividido em sete partes:
Sérgio Buarque de Holanda
Casa Grande e senzala de Gilberto Freyre. Partindo deste ponto, vemos que essa obra, por estudar as relações dentro e fora da casa grande, traçando um paralelo direto com os dias cotidianos vividos no pós escravidão, foram úteis e cruciais para o desenvolvimento da sociologia no Brasil.
Helena Buarque
76 anos (19 de junho de 1944)