O conceito de Estado de Natureza é uma abstração teórica que se refere a um "momento" em que os seres humanos organizavam-se apenas sob as leis da natureza. É um momento anterior ao surgimento de qualquer tipo de organização social e do Estado Civil.
Segundo os filósofos contratualistas, há um período da humanidade, que é o período pré-social, em que o ser humano encontra-se em seu estado de natureza. O estado de natureza é o período em que a sociedade ainda não se formou, quando não há uma lei civil e, portanto, uma civilização para amparar o convívio social.
No estado de natureza, afirma Rousseau, o homem tinha uma vida essencialmente animal. A rude existência das florestas fez dele um ser robusto, ágil, com os sentidos aguçados, pouco sujeito às doenças, das quais a maioria nasce da vida civilizada.
Estado de natureza é o estado anterior à constituição da sociedade civil. Ou seja, sem regras. É também a condição em que o homem, pela sua segurança, depende unicamente de sua própria força e há temor constante da morte violenta.
Contrato Social segundo John Locke Segundo Locke, o homem vivia num estado natural onde não havia organização política, nem social. Isso restringia sua liberdade e impossibilitava o desenvolvimento de nenhuma ciência ou arte.
Nesse sentido, Locke compreende o contrato social como uma possibilidade de amenizar a violência e invasão à soberania da propriedade privada. Porém, diferente de Hobbes, Locke acredita ser essencial um Estado dividido e a garantia da desobediência civil, isto é, de a população possuir direito de rebelião.
Não é correto afirmar que as concepções do contrato social de Hobbes e Locke são da mesma natureza. Para Thomas Hobbes o homem precisava de um Estado forte, que tivesse poder superior para controlar o egoísmo dos homens para que a sociedade prosperasse.
Para Hobbes a não-agressão ocorreria baseada no medo - o Estado, com o monopólio da violência, violentamente coibiria as agressões -, enquanto que para Locke se dava pelo respeito - de modo que a "concórdia geral" seria imposta pela violência no primeiro caso e "imposta" pelo acordo mútuo no segundo.
Três grandes pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a questão política: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto comum perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da política: a idéia de que a origem do Estado está no contrato social.
Desse modo, o objetivo da criação do Estado para Hobbes é preservar a vida, é deixar de viver sob o constante medo, para Locke é preservar a propriedade que já existe desde o estado de natureza, e para Rousseau é preservara liberdade civil.
Locke em suas teorias foi de acordo ao Estado Democrático, por outro lado, Thomas Hobbes vai de encontro a uma perspectiva totalitária. ... Por fim, Hobbes também defende que a igualdade é um fator contribuinte para a guerra de todos os indivíduos, proporcionando uma luta acirrada pelos direitos individuais de cada um.
Locke, assim como Hobbes, acredita no ser humano no seu estado de natureza. ... Ao contrário de Hobbes; em que o estado de natureza é um estado de guerra, insegurança e violência; o estado de natureza lockiano é um estado de paz e harmonia com homens dotados de razão e consumidores da liberdade e dos direitos naturais.
Hobbes acima de tudo não acreditava na Democracia e não acreditava na capacidade de organização humana por si. Para o Rousseau o homem é fundamentalmente bom. ... “O homem é bom por natureza, a sociedade que a corrompe” é a frase que marca o pensamento central de Rousseau cerca da natureza do ser.
Hobbes destaca o conflito inerente à natureza humana e explica que essa tensão seria apenas controlada por meio de um contrato entre as pessoas, permitindo assim o surgimento do Estado e a convivência em sociedade. Já para Locke e Rousseau, o estado de natureza se diferenciava do estado de guerra hobbesiano.
O contrato social é um documento onde constam as regras e as condições sob as quais a empresa funcionará e onde estão estabelecidos os direitos e as obrigações para cada um dos proprietários que compõem a sociedade.
As grandes diferenças entre as teorias contratualistas eram sobre a condição do homem no estado de natureza. Cada teórico pensava de uma forma diferente sobre como vivia o homem sem o Estado e porque ele assinou o contrato social.
Questão 1. O contratualismo é uma escola de pensamento a partir da qual várias interpretações sobre a natureza humana e o surgimento das sociedades civis foram concebidas. Para os contratualistas, o ser humano: a) era como uma tábula rasa, pois nascia completamente desprovido de qualquer tipo de ideia ou consciência.
Os filósofos contratualistas eram John Locke, Rousseau, Thomas Hobbes, eles defendiam que a passagem do homem do seu estado de natureza para uma sociedade civilizada ocorria através de um pacto entre os homens chamado de contrato social.
Segundo o professor Fábio Medeiros, existem três pensadores da era moderna conhecidos como os filósofos contratualistas: Thomas Hobbes, que escreveu o livro Leviatã; John Locke, autor de 'Dois Tratados sobre o Governo Civil'; e Jean-Jacques Rousseau, escritor do Contrato Social.
O contrato social é figurativamente um compromisso assumido entre as pessoas e o Estado, no sentido de garantia de sobrevivência. Foi idealizado pelos filósofos contratualistas Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau.
A teoria contratualista surgiu no século XVII na Inglaterra, e foi escrita pelo teórico político Thomas Hobbes. Entretanto, cada filósofo da época defendia concepções e ideias diferentes em relação a essa teoria e ao surgimento do pacto social ou contrato social.
Um pensamento rebelde na Era da Razão Voltaire (1694-1778), Denis Diderot (1713-1784) e seus pares exaltavam a razão e a cultura acumulada ao longo da história da humanidade, mas Rousseau defendia a primazia da emoção e afirmava que a civilização havia afastado o ser humano da felicidade.
As principais ideias de Jean Jacques Rousseau começam pela total liberdade do homem, sendo que o filósofo iluminista defendia e acreditava que o homem deveria ser livre para agir e pensar. A liberdade já era da própria natureza do homem, ou seja, ele já nascia com o objetivo de ser livre.
Para Voltaire, deve ser garantido às pessoas o direito à liberdade de expressão, à liberdade religiosa e à liberdade política. ... Por suas defesas, o filósofo foi perseguido pela Igreja Católica e pelo Estado absolutista francês.
Os aspectos principais que definiram o pensamento social de Rousseau foram: a concepção de que a natureza humana é boa (o que o colocou frontalmente em oposição ao filósofo do século XVI Thomas Hobbes) e de que, derivada dessa concepção, a sociedade é quem a corrompe.
As principais ideias defendidas pelo iluminismo são a do uso da razão e do racionalismo como forma de iluminar o caminho do desenvolvimento humano; ou seja, em vez de valorizar a ignorância deveria-se preconizar o pensamento racional.