Para compreendermos melhor a dimensão do espectador e da obra aberta no movimento neoconcreto, vejamos algumas obras de dois dos maiores expoentes do movimento, Lygia Clark e Hélio Oiticica.
O Concretismo foi um movimento literário que surgiu em meados da década de 50, tendo como uma das principais influências a arte concreta. O principal foco do Concretismo no Brasil foram as mudanças na forma de fazer poesia. Para os artistas, a poesia era, além de palavra e som, visual.
-Os concretistas e neoconcretistas não se ocupavam de imagens reconhecíveis, figurativas. ... Já os neoconcretos se centravam na emoção e na experimentação. As obras concretas mantinham o público em uma postura passiva e contemplativa, e as neoconcretas convidavam o público a interagir.
Os neoconcretistas procuravam novos caminhos dizendo que a arte não é um mero objeto: tem sensibilidade, expressividade, subjetividade, indo muito além do mero geometrismo puro. Eram contra as atitudes cientificistas e positivistas na arte.
Concretismo é um movimento artístico, e também uma corrente literária, caracterizado pela objetividade e pelo trabalho experimental com o espaço. Ele surgiu no século XX, como reflexo de uma realidade marcada pela racionalidade e pelo avanço tecnológico.
O surgimento dos movimentos concretista e neoconcretista foi um acontecimento de extraordinária importância da vida cultural brasileira na década de 1950, tanto no campo das artes plásticas como na literatura e na música. ... Nesse processo a nossa literatura se distinguiu pela criação da poesia concreta e neoconcreta.
Max Bill, artista plástico Suíço (1908/1994), inspirou profundamente tanto o movimento concreto brasileiro quanto o britânico com suas filosofias e textos. Em 1950 ele fundou algo como a Bauhaus do pós-guerra – a Hochschule für Gestaltung, em Ulm, na Alemanha.
O Neoconcretismo foi um movimento artístico-literário, surgindo como uma forma de reagir aos excessos trazidos pelo concretismo. Enquanto o concretismo era extremamente racional, o neoconcretismo trouxe a subjetividade de volta para o processo de criação artística.
O Concretismo começa a despontar no Brasil com a publicação da revista Noigandres pelos três poetas: Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos. Porém, fixa-se no Brasil com a Exposição Nacional de Arte Concreta, em 1956, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Os artistas tinham como objetivo aliar os recursos gráficos à arte (música, poesia e artes plásticas) e abstrair-se de todo envolvimento com o lirismo e o sentimentalismo artístico. ... Os concretistas adotavam meios para que a realidade fosse incorporada ao trabalho artístico.
Já o concretismo desenvolveu-se nas décadas de 1950 e 1960, no Brasil, especificamente na cidade de São Paulo, abrangendo a poesia, mas também as artes plásticas. A expressão “arte concreta” foi elaborada por Theo van Doesburg (1883-1930), artista plástico ligado ao suprematismo e à escola De Stijl (O Estilo).
Em 1955, num festival de música, o grupo dos irmãos Campos e Pignatari usaram pela primeira vez a expressão poesia concreta. Estava inaugurado o movimento concretista brasileiro. ... Os concretistas brasileiros defendiam que a arte deveria possuir objetos sonoros, plásticos e cinéticos, isso é: forma/palavra, som, imagem.
A Arte concreta surgiu na Europa, no início do século XX, com a intenção de produzir obras que usassem elementos próprios das linguagens. ... As se difundir para outras linguagens, a Arte Concreta passou a trabalhar com superfícies, sons, silêncios, enquadramentos cenográficos etc.
O abstracionismo geométrico recebeu influência do cubismo e do futurismo. Ao contrário do abstracionismo lírico, foca a racionalização que depende da análise intelectual e científica. No Brasil, o abstracionismo teve suas primeiras representações na década de 40.
O marco histórico na Arte Concreta no Brasil é o Grupo Ruptura, paulista, que apresenta um manifesto em 1952, Manifesto Ruptura, lançado na exposição do MAM de São Paulo, e assinado por: Waldemar Cordeiro, artista e porta voz do grupo, Luiz Sacilotto, Lothar Charoux, Anatol Wladyslaw, Kazmer Féjer, Leopold Haar e ...