Antropáfago: É aquele que se alimenta de carne humana e cevado é aquele que se cevou, alimentado, nutrido.
Porque para Oswald, é uma forma de celebrar o nosso multiculturalismo, a miscigenação. O desejo era devorar o que vinha de fora, assimilar a cultura alheia. Não negar a cultura estrangeira, pelo contrário: absorvê-la, degluti-la, processa-la e mistura-la para dar origem ao que é nosso.
A proposta do movimento era a de assimilar outras culturas, mas não copiar. A marca símbolo do Movimento Antropofágico é o quadro Abaporu (1928) de Tarsila do Amaral, o qual foi dado de presente ao marido, Oswald de Andrade.
O movimento antropofágico representou para o escritor brasileiro um verdadeiro “divisor de águas”, não apenas pela conscientização que buscou-se alcançar, mas sim porque estimulou a divergência de opiniões entre os modernistas, além de promover o deslocamento do objeto estético na fase do Pau-Brasil, outro movimento ...
O Movimento do Pau-Brasil é um movimento nativista, que defendia a poesia brasileira de exportação. Tal como o pau-brasil foi o primeiro produto brasileiro a ser exportado, Oswald de Andrade desejava que a poesia brasileira se tornasse um produto cultural de exportação; daí a escolha do nome do movimento.
O Manifesto Pau-Brasil, de autoria de Oswald de Andrade, tinha como objetivo principal refletir sobre as bases da literatura nacional, propondo novas bases para uma literatura genuinamente brasileira.
Assim, na fase Pau-Brasil (1924-1928), é possível observar pinturas com cores fortes e nacionais (como o verde), cuja temática é o Brasil rural e urbano, produzidas a partir da técnica cubista. Dessa fase, devemos destacar as obras: Morro da favela (1924), Carnaval em Madureira (1924) e O mamoeiro (1925).
O Manifesto Pau-Brasilreivindicava uma linguagem natural, avesso ao bacharelismo e pedantismo, conclamava a originalidade nativa. ... Além disso, eram várias as reflexões que o manifesto continha de cunho estético, isto é, direcionadas especificamente à poesia.
Mário de Andrade foi um escritor modernista, crítico literário, musicólogo, folclorista e ativista cultural brasileiro . Ao lado de diversos artistas, ele teve um papel preponderante na organização da Semana de Arte Moderna (1922). ...
Mário de Andrade é um dos principais nomes do movimento modernista brasileiro. O escritor ajudou a organizar a Semana de Arte Moderna de 1922 e esteve ao lado de grandes personalidades do modernismo, como Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Menotti del Picchia.
25 de fevereiro de 1945
São Paulo, São Paulo, Brasil
Mário de Andrade
Macunaíma é o livro mais famoso do escritor Mário de Andrade. Esse romance modernista traz uma visão crítica da identidade do povo brasileiro. O personagem Macunaíma, “o herói sem nenhum caráter”, é uma releitura crítica de um símbolo nacional: o índio.
Em 1922, lança o famoso livro de poesias, marco inicial do Modernismo brasileiro: Paulicéia Desvairada. É aí que Mário de Andrade diz ter fundado o desvairismo naquele seu “Prefácio Interessantíssimo”, onde esboça os rumos da arte moderna.
Mário de Andrade
No livro encontra-se o Prefácio Interessantíssimo, um dos mais importantes documentos da poesia modernista, onde o autor expõe sua poética, o “desvairismo”: “Quando sinto a impulsão lírica escrevo sem pensar tudo o que meu insconsciente me grita. Penso depois: não só para corrigir, como para justificar o que escrevi.”
Mário de Andrade: Escrevo sem pensar, tudo o que o meu... Escrevo sem pensar, tudo o que o meu inconsciente grita. Penso depois: não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi.
A poesia para o autor nasce por impulsão, sem pensar na estética, e nem na métrica, ela nasce como resposta a tudo aquilo que vem se passando pela cabeça do autor e que precisa de alguma forma se materializar, no caso do poema, na forma de palavras.