Os filhos de Oyá Oníra são sensíveis e cativantes.
Conta-se uma lenda (itan) que existia nas terras de Irá, uma linda moça chamada Onira (Senhora de Irá), ela sempre comandava seu povo com sabedoria. Mas, ela tinha um grande problema: adorava lutar e se sentia bem em matar seus inimigos.
Quizilas de Iansã: Fígado, miúdos, abóbora, feijão fradinho, beterraba. Quizilas de Obaluaiê/Omulú: Porco, sardinha, abacaxi, caranguejo, pipoca. Quizilas de Obá: Galinha branca, taioba. Quizilas de Ogum: Perdiz, cana, inhame, manga-espada, feijão preto.
As oferendas para Iansã levam velas e flores amarelas, espadas de Iansã (igual as espadas de São Jorge, mas com as bordas amarelas), bebidas doces, frutas (em especial o melão) e acarajé. São entregues, preferencialmente em bambuzais e pedreiras. Seu dia da semana é a Quarta-Feira, dia que divide com o Orixá Xangô.
Quizila é tudo aquilo que provoca uma reação contrária ao axé, dá-se o nome de kizila ou èèwò, ou seja, são as energias contrárias a energia positiva do orixá. Estas energias negativas podem estar em alimentos, cores, situações, animais e até mesmo na própria natureza.
A quizila é uma forma de enjoo, ou algo que dá ojeriza. A quizila vem através do orixá: são as coisas que você não suporta, que não combinam com você, e que então não deve comer, porque não pode comer o que não se dá bem com você (Depoimento de Kiko, pai-de-santo de um terreiro ketu).
Preceito no candomblé — são as normas e restrições no preparo de alimentos e oferendas para cada Orixá....São eles:
Alguns comportamentos que não devem ser tolerados são: beijos calorosos no meio da gira; troca de afetos como andar de mãos dadas dentro do terreiro; relações sexuais dentro do terreiro estando ou não em função; brigas por causa de ciúmes de outro irmão ou irmã de terreiro; confundir entidade com o parceiro(a), ...
Os rituais de Candomblé são, via de regra, realizados por meio de cânticos, danças, batidas de tambores, oferendas de vegetais, minerais, objetos e, às vezes, sacrifício de alguns animais.
“Bolar”, ou “cair no santo”, é indício da necessidade da futura iniciação. Geralmente acontece quando a pessoa participa de um “toque” e o orixá a incorpora, ainda no estado que os adeptos denominam de “bruto” (ainda não assentado ou “feito”). Bolar, aparentemente, é como desmaiar.
O candidato à iniciação é mantido confinado em um quarto por 21 dias. Ele (ou ela) tem a cabeça raspada e recebe marcas no braço ou na cabeça, geralmente feitas com espinhas de peixe. Essas cicatrizes simbolizam a porta de entrada do orixá durante a incorporação.
Essas cobranças são caracterizadas por infortúnios ou acontecimentos desastrosos que acometem a vida do sujeito, com o objetivo de deixá-lo ciente de que os acontecimentos são fruto de uma cobrança do Divino, o qual se mostra desgostoso pelo rumo que a vida do médium está seguindo, compondo uma forma de pedir o retorno ...
Xirê é uma palavra iorubá que significa roda, ou dança utilizada para evocação dos Orixás conforme cada nação.