Definindo religião como controle do ambiente e auto-transcendência, os autores apontam dois mecanismos neurofísiológicos essenciais da religião: o operador causal e o operador holístico, responsáveis pela percepção, respectivamente, de causalidade e de unidade, geradores de causas espirituais e do misticismo.
A experiência de conversão religiosa se mostrou um elemento fundamental no processo de transformação das significações de vida dos participantes. As transformações se mostraram a partir de novas concepções de mundo, novos valores, mudanças de comportamentos, sentimentos de força, harmonia e felicidade.
O religioso é algo inerente ao ser humano como indivíduo, mas é uma manifestação deste homem na relação com os outros homens, portanto é uma manifestação cultural que se mostra na transcendência. A religião permite conhecer o local onde as pessoas vivem seus valores em uma cultura.
De qualquer modo, a religião pode contribuir para a moral, de múltiplos modos. A religião autêntica deverá constituir mais um impulso para a acção ética. Quando se pergunta pelo fundamento último da moral na sua incondicionalidade, é difícil não ser confrontado com a religião e o absoluto de Deus.
A experiência do sagrado surge antes que o indivíduo tenha qualquer tipo de representação ou concepção sobre o divino. O sentido do sagrado está relacionado à dimensão ontológica da pessoa. Poderíamos compreender o sentimento religioso como uma tentativa de busca do sagrado, entendido como o anseio da potência de ser.
Sagrado é todo aquele espaço, objeto, símbolo, que tem um significado especial para uma pessoa ou grupo. Profano é tudo que não é sagrado, toda a vida comum do dia a dia, os fatos e atos da rotina.