Lei Nº 10.
Ajude a inserir referências. Na cultura surda, faz parte do senso comum chamar-se ouvinte àquele que ouve, em contraste com o surdo, que não ouve (total ou parcialmente). Nessa cultura, o termo ouvinte pode também referir-se à cultura das pessoas que ouvem, normalmente diferenciando-a da cultura dos surdos.
Essas pessoas não falam o português, porém se comunicam usando a língua de sinais. ... Portanto, a necessidade de comunicação e também da presença do intérprete de Libras é do surdo e é também do ouvinte, quando ele precisa falar com o surdo.
A maioria das pessoas acaba concluindo que os surdos são também mudos pelo fato de não ouvirem. É verídica a ideia de que nós aprendemos a falar ouvindo, porém a expressão "Mudo" tem relação com outro sentido. ... O ponto é que a “Mudez" não está relacionada com a "surdez". São minoria os surdos que também são Mudos.
No caso das pessoas que já nasceram cegas seus sonhos são compostos por situações de diversos tipos, vividas e percebidas do modo como elas "veem" o mundo acordadas, esclarece ela. "Seus sonhos são formados por imagens perceptivas, não visuais, como imagens auditivas, táteis, olfativas e gustativas.
É incorreto dizer que o surdo é mudo. ... Aproximadamente 30% dos surdos brasileiros não sabe ler português. Os restantes 70% sabem ler português mas não têm entendimento claro desta língua. Existem alguns surdos que aprenderam a falar através das vibrações vocais e a entender o que falamos através da leitura labial.
Sua leitura de mundo é feita através de experiências visuais e concretizadas em sua língua natural. No aprendizado da leitura e escrita é necessário ir do mundo para o texto, dos conhecimentos concretizados na língua de sinais e que deverão ser traduzidos para o português.
A maioria dos surdos têm as cordas vocais em perfeito funcionamento, portanto, são minorias os surdos que também são mudos. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Alguns surdos falam, são os surdos oralizados, que desenvolveram a fala através de um trabalho com fonoaudiologia.
Através de impecável língua de sinais, a protagonista nos conta de carícias e momentos felizes vividos com seus pais durante a infância, enquanto a tinham como uma criança ouvinte, e relata sobre momentos em que se distanciava do mundo,o que causava desconfiança de seus pais sobre seus comportamentos.
“Por vários anos, Sandrine não sabia que era surda. Paralelamente ao relato da autonomia conquistada com a Língua de Sinais, o filme levanta a discussão sobre a conveniência do implante coclear e da oralização de crianças surdas” (retirado do site do festival Assim Vivemos). ...
A surdez é concebida como diferença e os surdos como “diferentes” dos ouvintes, sendo esta diferença decorrente, principal- mente, da forma como os surdos têm acesso ao mundo, por meio da visão (Skliar, 1997).
Na tradição clínico-terapêutica, a surdez é vista como uma —deficiência“ em relação à comunidade —ouvinte“, colocando os sujeitos surdos em desvantagem, se comparados à maioria da população (SKLIAR, 1988).