Fosfoetanolamina é uma molécula encontrada no corpo humano que participa na formação das membranas celulares. Ela ajuda na sinalização de informações nas células. Um professor de química da USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos desenvolveu um processo para sintetizar essa molécula em seu laboratório.
A fosfoetanolamina é naturalmente produzida pelo fígado e pelas células de alguns músculos do corpo e serve para ajudar o sistema imune a ser eficiente na eliminação de células malignas.
A fosfoetanolamina é um composto químico presente naturalmente no organismo e que ajuda a formar moléculas que participam da composição estrutural das membranas das células e das mitocôndrias – organelas essenciais para a respiração celular.
A pílula do câncer virou polêmica em 2015, quando a Anvisa proibiu a distribuição da fosfoetanolamina. Enquanto o Congresso discutia a liberação, a USP fechava seu laboratório e a Anvisa anunciava a inexistência de um processo formal de avaliação em seus registros.
A fosfoetanolamina foi ficando cada vez mais conhecida pela divulgação boca a boca e a procura aumentou. No entanto, a USP proibiu a produção da substância em seus laboratórios em 2014, depois que uma portaria determinou o registro de todas as substâncias experimentais antes da liberação à população.
O problema é que a cápsula azul e branca, como a fosfoetonolamina também é conhecida, nunca passou por testes clínicos ou toxicológicos com humanos. Isso significa que a distribuição da substância é feita sem autorização.
O medicamento larotrectinibe é o único no Brasil que pode ser usado contra qualquer tumor sólido, não importa sua localização, desde que tenha uma mutação. Via de regra, um remédio contra o câncer recebe aprovação das agências regulatórias de acordo com o local de origem da doença.