Antonio Carlos Jobim
Ao analisar a música e o vídeo da música Águas de Março percebi que o cenário ao fundo traz algo como uma ilusão de ótica que traz um contraste bastante criativo no qual está escrito varias vezes o nome de Tom e Elis (Tom Jobim e Elis Regina).
A metáfora central das "Águas de março" é tomada como imagem da passagem da vida cotidiana, seu motocontínuo, sua inevitável progressão rumo à morte - como as chuvas do fim de março, que marcam o final do verão no sudeste do Brasil. A letra aproxima a imagem da "água" a uma "promessa de vida", símbolo da renovação.
De acordo com depoimento deThereza Hermanny, esposa de Tom à época, a inspiração para "Águas de Março" surgiu ao final de um dia cansativo de trabalho provocado pela composição de "Matita Perê", de onde decorrem os primeiros versos "é pau, é pedra, é o fim do caminho".
De forma metafórica, “Águas de Março” fala das chuvas do fim do verão como um símbolo de renovação da vida. Uma pesquisa feita por um jornal de São Paulo, em 2001, com jornalistas, músicos e artistas de todo o Brasil, elegeu Águas de Março, composta em 1972, como a melhor canção brasileira de todos os tempos.
Belchior
Falando sobre Como Nossos Pais, Belchior comentou que a música é uma crítica à inércia da juventude, que se acomodou quando não devia e parou de questionar. Esse trecho da letra pode ser percebido como uma provocação, tentando instigar o ouvinte a ir atrás do que é dele por direito.
1976
“Como nossos pais” foi composta por Belchior em 1976. Foi escrita em meio ao cenário conturbado da ditadura e faz uma crítica a censura das coisas mais banais, como reuniões, clubes, eventos públicos e namoros em público… A ditadura fez aniversário mês passado, seguido de “descomemorização” e remorso.
Um filme maduro, bonito, tocante e que é mais um belo exemplo de que o cinema nacional pode ser universal e muito bem realizado. Alexandre M. Rosa (Maria Ribeiro) está presa em uma carreira que não gosta, em um casamento em conflito, com brigas permanentes com a mãe e tendo que sustentar seu pai meio viajão.
Uma mulher de 38 anos, em crise no casamento, insatisfeita no emprego, com várias diferenças em relação à mãe, é a personagem central de Como Nossos Pais, filme mais recente da aclamada e talentosíssima Laís Bodanzky, e que ganhou 6 prêmios (mais que justos, aliás) no Festival de Gramado este ano.
Rosa é uma mulher que almeja a perfeição como profissional, mãe, filha, esposa e amante. Filha de intelectuais e mãe de duas meninas pré-adolescentes, ela se vê pressionada pelas duas gerações que exigem que ela seja engajada, moderna e onipresente.
Como Nossos Pais é um filme de drama brasileiro de 2017 dirigido e escrito por Laís Bodanzky....Como Nossos Pais (filme)
O enredo apresenta um momento importante na vida de Rosa (Maria Ribeiro) que, aos 38 anos, descobre não ser filha de seu “pai”; cansa-se da forma como seguem seu casamento e a criação das filhas; suspeita de que seu marido está lhe traindo; lida com as demandas da filha mais velha entrando na adolescência; enfrenta um ...
O filme discute temas muito caros às mulheres de uma forma direta e bem realista, e logo de cara nos identificamos com a história, as questões e os sentimentos de Rosa: culpa, perfeccionismo, dupla jornada de trabalho, preocupação com os filhos, manutenção do casamento, monogamia, sexo.
“Minha dor é perceber / Que apesar de termos / Feito tudo, tudo / Tudo o que fizemos / Nós ainda somos / Os mesmos e vivemos / Ainda somos / Os mesmos e vivemos / Ainda somos / Os mesmos e vivemos / Como os nossos pais.”
Como Nossos Pais é um filme que retrata muito bem várias famílias brasileiras, fala muito bem sobre traição e divórcio. Mas é uma história muito confusa, e um pouco arrastado. Ricardo L. Bom drama nacional!
Grande Prêmio do Cinema Brasileiro - Melhor Atriz