Se falo na Natureza. Dos versos lidos acima, extraídos de um poema de Fernando Pessoa, podemos depreender uma visão segundo a qual o poeta expressa uma espécie de antifilosofia, de antiracionalismo, que confronta a razão e exalta os sentidos, a natureza. ...
É preciso também não ter filosofia nenhuma. Com filosofia não há árvores: há idéias apenas. Como se pode perceber por estes versos, para o poeta coisas não são idéias. ... Uma demonstração filosófica da realidade, por meio de idéias, é sempre insuficiente para demonstrar a realidade.
O rebanho é os meus pensamentos. E os meus pensamentos são todos sensações. Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la. ...
"(...) Será que em seu movimento A brisa lembre a partida, Ou que a largueza do vento Lembre o ar livre da ida? Não sei, mas subitamente Sinto a tristeza de estar O sonho triste que há rente Entre sonhar e sonhar." ( ) Bernardo Soares.
Os 10 melhores poemas de Fernando Pessoa
Os heterônimos criados por esse ilustríssimo autor foram: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares.
Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis são os heterônimos de Fernando Pessoa, um dos maiores escritores da literatura em língua portuguesa. Fernando Pessoa nasceu no dia 13 de junho de 1888, na cidade de Lisboa, Portugal.
Os três heterónimos mais conhecidos (e também aqueles com maior obra poética) foram Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro. Um quarto heterónimo de grande importância na obra de Pessoa é Bernardo Soares, autor do Livro do Desassossego, importante obra literária do século XX.
Para compreender Fernando Pessoa é, acima de tudo, uma oportunidade de conhecer alguns dos mais belos poemas do mundo e, por isso mesmo, de conhecer também a nossa língua, a mesma daquele que, nas palavras do seu semi-heterônimo Bernardo Soares, disse: “A minha pátria é a língua portuguesa”.
À vanguarda futurista. Esse eu lírico exalta a modernidade e seus versos buscam o dinamismo e a velocidade do mundo futurista. Esse heterônimo faz, comumente, uso de vocabulário relacionado à tecnologia e à beleza da maquinaria, onomatopeias, versos livres e pontuação e interjeições excessivas.
Vai alta a nuvem que passa. Como a nuvem o é do vento. --Fernando Pessoa, 1934-1935.
Os poemas de Álvaro Campos, trazem consigo um pessimismo e descrença típicos do existencialismo, ou seja, trata-se de uma escrita densa, e que provoca desconforto no leitor.