Embora uma das novas espécies descobertas, a Electrophorus voltai, seja capaz de produzir um descarga de 860 volts, ou seja, quase quatro vezes a voltagem de uma tomada doméstica de 220 volts, ela não é letal para o ser humano por causa da baixa amperagem, explica Santana à BBC News Brasil.
Os peixes elétricos armazenam nos músculos laterais a corrente gerada por essas sinapses, em vez de consumi-la”, diz Cardoso. E usam essa energia para reagir a ataques, se comunicar, disputar com outros peixes território ou acasalar.
O peixe-elétrico possui uma camada de células, localizadas perto da cauda, que produzem energia elétrica. Ele usa a eletricidade para atordoar ou paralisar suas presas antes de comê-las. O poraquê (Electrophorus electricus) é um peixe-elétrico encontrado no Brasil.
1500 volts
A eletricidade do peixe-elétrico serve para protegê-lo de ataques de predadores, para capturar presas e ainda orientá-lo no escuro. Isso é possível porque o peixe-elétrico possui células musculares modificadas que produzem impulsos elétricos, chamadas de eletrócitos. ...
Novo estudo revelou duas novas espécies de enguia: uma delas emite uma impressionante descarga elétrica de 860 volts.
É uma das conhecidas espécies de peixe-elétrico, com capacidade de geração elétrica que varia de trezentos volts a cerca de 0,5 ampères até cerca de 860 volts a cerca de três ampères. O termo “poraquê” vem da língua tupi e significa “o que faz dormir”, em referência às descargas elétricas que produz.
No entanto, enquanto os outros peixes usam suas fracas descargas de 10V a 15V para comunicação e navegação, o poraquê (também conhecido como enguia elétrica) usa sua capacidade de produzir 600V para caça e defesa. Os cientistas achavam que o Electrophorus electricus era a única espécie de poraquê que existia.