As expressões faciais são integrantes e indissociáveis da Língua Brasileira de Sinais. Elas fazem parte da estrutura da língua. Como já sabemos, as expressões faciais transmitem o estado emocional que o indivíduo quer comunicar aos seus interlocutores… Dentro de um determinado contexto.
A linguagem corporal e a expressão facial são de suma importância na comunicação em LIBRAS, pois é o recurso que o sinalizador utiliza, por meio do corpo e da face, para dar entonação ao seu discurso.
As expressões faciais são uma forma de comunicação não-verbal. Eles são o principal meio de transmissão de informações sociais entre os seres humanos, mas eles também ocorrem na maioria dos outros mamíferos e outras espécies animais..
Nas línguas faladas, as pessoas também expressam suas emoções por meio de expressões faciais. Já as expressões gramaticais, estão relacionadas a certas estruturas específicas, tanto no nível da morfologia quando no nível da sintaxe e são obrigatórias nas línguas de sinais em contextos determinados.
Por exemplo, as expressões faciais na Libras podem ser gramaticais, relacionadas à estrutura, morfologia (por exemplo, elas marcam grau de intensidade, tamanho) e sintaxe (negação, interrogação, ênfase). As expressões faciais podem ser também usadas para expressar sentimentos (alegria, angustia, ansiedade, sofrimento).
As expressões não manuais (ENMs) nas línguas de sinais (LS) incluem movimentos do corpo e expressões faciais. As ENMs podem desempenhar diferentes funções, tais como diferenciar itens lexicais, participar da construção sintática e contribuir com processos de intensificação.
É um recurso das línguas de sinais que utiliza as mãos para representar o alfabeto das línguas orais. Cada letra ou número são representadas por configurações de mão específicas. O Alfabeto Manual também é conhecido como Alfabeto Digital, Datilologia ou Dactilologia.
Existem vários dicionários de LIBRAS, sendo um deles, elaborado pelo Laboratório de Neuropsicologia e Linguística da Universidade de São Paulo, contém cerca de 3.
Língua brasileira de sinais
Segundo o Censo mais recente, viviam em 2010 no Brasil 2,1 milhões de pessoas que escutavam muito pouco ou nada — o equivalente à população de Manaus. A pesquisa do IBGE não apontou quantas faziam uso da língua de sinais. As primeiras barreiras linguísticas por vezes são impostas pela própria família.
Em fevereiro de 2020, o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) divulgou estatísticas sobre os surdos no Brasil, uma pesquisa informando que mais de 10 milhões de pessoas tem algum problema relacionado a surdez, ou seja, 5% da população é surda no Brasil. Destes, 2,7 milhões não ouvem nada.
Dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, desse total, cerca de 2,2 milhões têm deficiência auditiva em situação severa; e, entre estes, 344,2 mil são surdos.
Poucos surdos são, de fato, mudos. E já são cerca de 10 milhões de surdos somente no Brasil. Isso é o equivalente a quase 5% da população brasileira! Um número bastante considerável hoje em dia, sabendo-se que o brasileiro é líder mundial em tempo conectado à internet.
Surdez significa que eu não consigo entender ninguém. Quando alguém fala no almoço, eu quero saber o que estão dizendo. Eu perco as conversas diárias, o bate-papo, as amizades feitas por proximidade. E o pior é que eu não tenho escolha na questão.
O surdo percebe o mundo de forma diferenciada dos ouvintes, através de uma experiência visual e faz uso de uma linguagem especifica para isso, a língua de sinais. A língua de sinais é antes de tudo imagens do pensamento dos surdos e faz parte da experiência vivida da comunidade surda.
Do ponto de vista clínico, o que difere surdez de deficiência auditiva é a profundidade da perda auditiva. As pessoas que têm perda profunda, e não escutam nada, são surdas. Já as que sofreram uma perda leve ou moderada, e têm parte da audição, são consideradas deficientes auditivas.
Os surdos formam uma comunidade – são mais de 10 milhões somente no Brasil –, com cultura própria e, sob o escopo do Bilinguismo, com língua própria, porém a formação educacional de surdos no Brasil (tema da redação do ENEM 2017) não depende apenas do reconhecimento da Libras como língua oficial.
A educação dos surdos no Brasil pouco evoluiu Após muitos anos de discriminação e exclusão, o surdo foi olhado com cuidado pela primeira vez em 1760 quando o religioso Michel de L'Epée criou a primeira Escola de Surdos, visando a educação das pessoas que possuíam essas limitações.