A teoria da pangênese (do grego pan, todo, e genesis, origem/nascimento) se baseia na proposta de que toda a organização do corpo é capaz de reproduzir a si mesma por meio de suas partes. Na seguinte passagem de The variation, Darwin (1868, p.
Hipócrates, por volta de 410 a.C., propôs a ideia da pangênese, a qual afirmava que o organismo produzia partículas de todas as partes do organismo e que essas partículas eram transmitidas no momento da reprodução. Essa ideia permaneceu bem aceita até o final do século XIX.
Seleção natural é o mecanismo evolutivo proposto por Charles Darwin, que afirmou que o meio ambiente atua como um selecionador de características, perpetuando os organismos mais aptos a sobreviver em determinado local.
Evolucionismo social - refere-se às teorias antropológicas e econômicas de desenvolvimento social segundo as quais acredita-se que as sociedades têm início em um estado primitivo e gradualmente tornam-se mais civilizadas com o passar do tempo.
Evolucionismo é uma teoria elaborada e desenvolvida por diversos cientistas para explicar as alterações sofridas pelas diversas espécies de seres vivos ao longo do tempo, em sua relação com o meio ambiente onde elas habitam.
Lewis Morgan designou três grandes períodos étnicos que marcaram a história humanidade: a Selvageria, a Barbárie e a Civilização. De acordo com a teoria evolucionista da humanidade, a história do homem seguiu, desde sempre, um mesmo caminho, linear e progressivo.
A teoria evolucionista de Darwin pode ser descrita da seguinte forma: as espécies de seres vivos se transformam ao longo dos tempos, pois sofrem seleção natural, que prioriza os seres mais adaptados ao ambiente em que vivem, devido a suas características serem adequadas ao meio onde vivem.
O parentesco é um objeto fundamental da Antropologia, próprio da sua constituição como disciplina, porque as sociedades tribais, objeto de seu estudo, eram sociedades sem estado e se regulavam pelo parentesco. ... Mas a família é um grupo social concreto e o parentesco é uma abstração, é uma estrutura formal.
Boas negou esse modelo de explicação baseado na evolução de estágios culturais, adotando, por outro lado, uma perspectiva particularista que via cada cultura como algo único. Desse modo, as diferenças entre culturas não eram mais interpretadas por um suposto grau de avanço rumo ao progresso.
A cultura era conceituada como resultado do pensamento racional do homem, manifesto em diferentes graus, dentro de uma escala evolucionista. Encarava-se a história cultural como processo unilinear e universal, cujas expressões peculiares a cada sociedade, em dado momento, refletiam o seu estado de desenvolvimento.
Franz Boas fez um revisionismo desse entendimento de civilização da época, assim como revisou a ideia de cultura. Civilização não era estabelecer aquilo que os europeus estabeleceram como padrões de vida em sociedade, mas sim criar padrões de vida em sociedade.
Boas introduziu o paradigma do relativismo cultural, que combate a classificação hierarquizante das culturas com base nas suas diferenças culturais, foi pioneiro no método etnográfico, em que a convivência do pesquisador com o povo estudado é parte do processo de pesquisa.
De acordo com Laraia (2002, p. 30), a primeira definição antropológica do conceito de cultura foi feita por Edward Tylor em seu livro Primitive Culture, no qual “Tylor procurou demonstrar que cultura pode ser objeto de um estudo sistemático por tratar-se de um fenômeno natural que possui causas e regularidades”.