Na obra de Florestan Fernandes encontra-se uma contribuição básica para a teoria sociológica: retira e desenvolve o conteúdo crítico da sociologia clássica e moderna. Foram as próprias condições sociais, nas quais emergiram as ciências sociais, que as levaram a defrontar as diversidades, desigualdades e antagonismos.
10 de agosto de 1995
São Paulo, São Paulo
Sua obra foi influenciada pelos clássicos da sociologia, sobretudo Karl Marx. ... A importância de Florestan também se deve ao engajamento político prático que marcou toda sua trajetória.
Além da fundamental exigência de método, de as ciências sociais atuarem para ampliar o próprio edifício teórico, o importante, para Florestan, consistia na contribuição das ciências sociais para o conhecimento da educação no país, para “colocar a educação dentro do seu eixo histórico” (Fernandes F., 2020, p. 346).
Mentorado pelo antropólogo Darcy Ribeiro, Florestan defendeu que a educação fosse um direito fundamental da população, e que o ensino fosse público, laico e gratuito.
A nossa Constituição Federal de 1988 garante a todos os brasileiros o direito à saúde, à educação, ao trabalho, à moradia, entre outros. Defender a educação como um direito fundamental da humanidade é um dever de todos nós.
Analfabetismo, analfabetismo funcional, péssima qualidade do ensino público, especialmente o básico, incertezas sobre o ensino médio, expansão acelerada e desequilíbrios no ensino superior.
Capitalismo dependente em Florestan Fernandes Nas nações periféricas, o capitalismo desenvolve-se em “condições heterônomas” em relação às classes dominantes, compatíveis com a “dominação imperialista externa”. Para esse autor, (...) dependência e subdesenvolvimento não foram somente “impostos de fora para dentro”.
Deste modo, o capitalismo dependente se concretiza através de sobre expropriação e de autocracia, caracterizando o que Florestan Fernandes denomina capitalismo selvagem. Conjuga crescimento econômico dependente com miséria e exclusão despóticas, além da ausência de direitos fora dos setores sociais dominantes.
O autor analisa, em seu texto, a trajetória histórica da revolução burguesa no capitalismo dependente brasileiro, sinalizando para a necessária revolução operária, vista como caminho para a realização de um Estado democrático independente.
O Estado – no capitalismo dependente – se torna um sustentáculo para a dominação burguesa, que necessita de seu controle para manter seus privilégios e interesses de classes.
Resposta. As revoluções burguesas são movimentos sociopolíticos ocorridos entre 1640 e 1850 nos quais a sociedade aristocrática, caracterizada pela monarquia absoluta e/ou pelos títulos de nobreza, foi transformada em uma sociedade capitalista dominada pela produção mercantil liberal.
Assim, a A monopolização do estado pela burguesia nos jogou em uma fase de democracia restrita, que se instaurou e ficou marcada durante o século XX, assim como as alterações do estatuto das nações e as rupturas no padrão de acumulação no capitalismo.