O Profissional da enfermagem diante da morte de um paciente deve estar pronto para além de enfrentar seus medos, suas dores eles devem oferecer apoio aos familiares nesse processo de luto, além de respeitar seus costumes e crenças.
A presença de mecanismos de defesa como a negação, resistência e despersonalização diante da morte de pacientes contribui para a fragilidade emocional e o despreparo dos profissionais e representa um risco para disfunções, conduzindo a um adoecimento psíquico ou esgotamento.
Como integrante de uma equipe multiprofissional, o psicólogo terá diversas e minuciosas formas de atuar, especialmente em casos de pacientes em situação de luto iminente. Seu trabalho deve levar em conta vários aspectos, como: a instituição, a equipe multiprofissional, o paciente e sua doença, bem como a família deste.
O papel da enfermagem nos cuidados paliativos é fundamental, pois a equipe busca desenvolver uma assistência integral aos pacientes e aos familiares, com uma comunicação efetiva, medidas para alivio do sofrimento, controle dos sintomas e apoio aos familiares frente ao processo de morte (SALTZ; JUVER, 2008; SILVA; ...
Para Soares (2007), nas situações de terminalidade, os familiares de pacientes têm necessidades específicas: estar próximo ao paciente; sentir-se útil para o paciente; ter consciência das modificações do quadro clínico; compreender o que está sendo feito no cuidado e o motivo; ter garantias do controle do sofrimento e ...
Dessa forma, considera-se que ao vivenciar o cuidado a pacientes em terminalidade, os profissionais de saúde encontram dificuldades, sobretudo, em relação à aceitação da morte, bem como conflitos com fami- liares e até mesmo com os membros da equipe de trabalho, o que gera sofrimento.
Os profissionais devem proporcionar o apoio à família a nível organizativo e educativo, com especial atenção aos aspectos que vão surgindo e desta forma proporcionar o aumento do bem-estar da pessoa doente, da família e também da própria equipa que se envolve neste ato humano e emotivo: o ato de cuidar.
Conclusão: a família é um dos eixos estruturantes da assistência a pacientes fora de possibilidades terapêuticas de cura ocupando um lugar de protagonista e sendo, ainda, integrada à equipe de cuidados. Enquanto a sua atitude colaborativa favorece o cuidado do paciente, também ajuda a mantê-la como objeto de cuidado.
O trabalho multiprofissional é necessário para o cuidado paliativo que procura resgatar os valores éticos e humanos, assim como a autonomia individual. O cuidado deve ser compartilhado, e o paciente com câncer merece do profissional toda a benevolência e respeito.
A abordagem ao paciente e família é feita por uma equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, fonoaudiólogos e farmacêuticos, em atividades diretamente ligadas às necessidades biopsicossociais.