Os organofosforados são um grupo de compostos químicos amplamente utilizados em agropecuária como inseticidas, ocasionando intoxicações acidentais em animais e humanos, e mesmo sendo utilizados em tentativas de suicídio.
Têm uma toxicidade dérmica baixa, mas a penetração na pele é aumentada com o uso de solventes orgânicos e emulsionantes presentes na maioria das formulações (Casarett LJ e Doull J,2008). Possuem o mesmo mecanismo de acção dos organofosforados, isto é, inibição da acetilcolinesterase.
Carbamatos, também chamados de Uretanos, são compostos orgânicos derivados do ácido carbâmico (compostos nitrogenados) com ação anticolinesterásica, ou seja, capaz de inibir de forma reversível a ação da enzima Acetilcolinesterase (AchE), responsável pela a degradação da acetilcolina (uma molécula neurotransmissora) ...
O mecanismo de ação dos organofosforados se dá principalmente pela inibição enzimática. Os principais alvos de sua atuação tóxica entre as enzimas esterases são a acetilcolinesterase (AChE), nas sinapses químicas e nas membranas dos eritrócitos, e a butirilcolinesterase (BChE) no plasma.
Os inseticidas organofosforados e carbamatos são absorvidos pelo organismo, pelas vias oral, respiratória e cutânea. A absorção por via oral ocorre nas intoxicações agudas aciden- tais, nas tentativas de suicídio, sendo, portanto, a principal via implicada nos casos atendi- dos nos serviços de emergência.
Como sintomas da intoxicação aguda por inseticidas organofosforados, podem ser descritos suor, salivação, lacrimejamento, fraqueza, tontura, dores e cólicas abdominais, seguidos de vômitos, dificuldade respiratória, colapso, tremores musculares, convulsões e morte(15-16).
A principal forma de intoxicação por OFs deve-se ao mecanismo de ação básico destes compostos, que se dá pela inibição irreversível da enzima acetilcolinesterase.
O mecanismo de ação dos inibidores da acetilcolinesterase passa por uma inativação da enzima acetilcolinesterase, causando uma elevação nos níveis de acetilcolina e culminando num síndrome colinérgico agudo, com manifestações muscarínicas, nicotínicas e no sistema nervoso central (SNC), sendo que estas manifestações ...
Manifestação clínica, através de sinais e sintomas, de efeito nocivo resultante da interação de uma substância química com um organismo vivo, e que se apresenta de forma súbita, alguns minutos ou algumas horas após a exposição ao agente químico, a qual é geralmente única e dentro de 24 horas.
Nas intoxicações agudas decorrentes do contato/exposição a apenas um produto, os sinais e sintomas clínico-laboratoriais são bem conhecidos, o diagnóstico é claro e o tratamento definido. Em relação às intoxicações crônicas, o mesmo não pode ser dito.
Intoxicação aguda: náuseas, tonturas, vômitos, desorientação, dificuldade respiratória, sudorese e salivação excessiva, diarréia, chegando até coma e morte.
A intoxicação pode provocar reações e sintomas adversos, dependendo da quantidade do produto ingerido ou aspirado. Alguns sintomas incluem: vermelhidão e coceira na pele, vômitos, febre, suor intenso e convulsões. Os agravantes das intoxicações podem chegar ao coma ou até a morte.
Grecco afirma que caso ocorra uma reação na pele após contato com algum produto é importante procurar o serviço médico imediatamente. O tratamento é feito como de uma queimadura. Para casos em que não se formam bolhas é utilizado cremes hidratantes e analgésicos, caso tenha dor.