Memórias póstumas significam as memórias que são liberadas após a morte. Se analisarmos separadamente a palavra "póstuma", tem-se o significa de pós-túmulo. ... A memória póstuma entre como sendo uma faixa de transição de pensamento que se dá entre a morte a vida, de forma a ser evidencia após a morte de uma pessoa.
Memórias Póstumas de Brás Cubas retrata a escravidão, as classes sociais, o cientificismo e o positivismo da época, chegando a criar, inclusive, uma nova filosofia — mais bem desenvolvida posteriormente em Quincas Borba (1891) — o Humanitismo, sátira à lei do mais forte do "darwinismo social".
Brás Cubas (Porto, dezembro de 1507 — Porto, 10 de março de 1592) foi um fidalgo e explorador português. Fundador da vila de Santos (hoje cidade), governou por duas vezes a Capitania de São Vicente (1545-1549 e 1555-1556). É considerado por alguns historiadores como fundador de Mogi das Cruzes, em 1560.
Brás Cubas inicia a historia narrando sua morte, ocorrida numa sexta-feira de agosto de 1869, às 2 horas da tarde, na chácara de Catumbi, aos 64 anos, motivada por pneumonia. ... Antes de seu falecimento, a amante da juventude, Virgília, vem visitá-lo no leito de morte.
Em diálogo com o leitor, o narrador em primeira pessoa inicia a apresentação do seu livro, “obra de finado”, com a revelação de que está morto. Portanto, é esse “defunto autor” quem narra a história, o que dá à obra o seu caráter de realismo fantástico.
Brás Cubas começa as suas memórias a partir da morte, explicando um pouco como é ser um defunto autor. Pouco antes da sua morte, ele tem a ideia de criar um emplasto universal, com o fim de resolver todos os problemas da humanidade e eternizar o seu nome.
No romance Brás Cubas, o narrador cita uma fala do melancólico Jacques, personagem da comédia acima: “Que bom é estar triste e não dizer coisa nenhuma”.
Memórias Póstumas de Brás Cubas foi a obra que inaugurou o período realista da literatura brasileira. A estética realista-naturalista predominou na segunda metade do século XIX. Após a euforia romântica idealista do início, o século XIX retomava uma visão de mundo baseada na razão e na observação objetiva da natureza.
Segundo Bras Cubas, os benefícios que traria a invenção do emplasto para a humanidade seriam cura de doenças, fama e glória.
Machado de Assis
Contexto. O contexto histórico que dialoga com o romance Memórias póstumas de Brás Cubas é o de um Brasil construindo sua urbanidade, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, capital nacional no período. De modo geral, a obra de Machado de Assis retrata os tipos e cenas comuns dessa sociedade carioca.
O autor usa propositadamente uma linguagem repleta de duplos sentidos, de metáforas, mais erudita, pois deseja justamente criticar com fina ironia os romances publicados nos folhetins da época, os quais agradavam os leitores mais habituados a uma leitura superficial.
não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço”. ... O autor defunto é aquele que faleceu deixando como legado toda a sua obra; o defunto autor torna-se, na brincadeira machadiana, escritor depois de morto.
Esta formulação, que ficou famosa graças ao romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, apresenta uma situação que é, na verdade, absurda: um autor-defunto é alguém que era autor em vida, ilustre ou não, e morreu. ... Já o defunto-autor é alguém que está morto e, depois de morto, se torna autor.
Apresentações da humanidade, contradições da sociedade, o cinismo. Varios outros temas universais como; ciumes, aparência, costumes, limites da razão, personalidades. A espiritualidade e complexidade do homem também chega a ser abordada.
d) Que vantagens levaria, teoricamente, um defunto autor sobre um autor vivo? Resposta: Como já está morto, sem nenhum compromisso com regras de conduta do mundo dos vivos, o narrador pode ser bastante crítico e irônico.
A estranheza da obra começa pelo título, que sugere as memórias narradas por um defunto. O próprio narrador, no início do livro, ressalta sua condição: trata-se de um defunto-autor, e não de um autor defunto.
VIRGÍLIA – grande amor de Brás Cubas, sobrinha de ministro, e a quem o pai do protagonista via como grande possibilidade de acesso, para o filho, ao mundo da política nacional. ... QUINCAS BORBA – teórico do humanitismo, doutrina à qual Brás Cubas adere, morre demente.
Em "Quincas Borba", Machado de Assis deixa de lado a liberdade formal que havia empregado em "Memórias Póstumas de Brás Cubas", seu romance anterior e marco do início do Realismo no Brasil. Desta vez, ele optou por narrar os fatos em terceira pessoa, isto é o narrador não participa daquilo que narra.
O Humanitismo, assim como a teoria da seleção natural, lançada por Charles Darwin entre 1842 e 1844, está baseado na sobrevivência dos mais aptos e enxerga a guerra como forma de seleção da espécie. A filosofia de Quincas Borba afirma que a substância da qual emanam e para a qual convergem todas as coisas é Humanitas.
05) Que tipo de reflexão a cena desperta em Quincas Borba? 06) No texto lido, um episódio aparentemente banal adquire um grande valor simbólico. Machado de Assis ilustra, com o episódio, o jogo de interesses, a luta pela vida e a lei do mais forte, que sempre sai vitorioso.
No estilo irônico-satírico de Machado, o cão Quincas representa o homem e o cachorro e, de certa maneira, atua como uma resposta à filosofia do Humanitismo criada por Quincas Borba, na qual o ser humano não é superior ao animal; o que importa é a espécie, e não o indivíduo.
Quincas Borba (Joaquim Borba dos Santos) é o personagem principal do livro Quincas Borba do escritor Machado de Assis. Nasceu em fascículos, no ano de 1886, o "filósofo louco de Barbacena" e conselheiro de Brás Cubas, de quem foi colega na infância.
Quincas Borba é apresentada como um fato necessário à ascensão social de Rubião, justificando-se dessa forma a satisfação deste por ter sobrevivido aos dois e recebido a herança, tornando-se "o vencedor", a quem caberiam "as batatas".
Personagens Principais
Se a história de Rubião recebe o título de Quincas Borba é justamente porque é a partir dele, na sua falta ou no seu espelhamento, que toda a estrutura do romance vai se organizar. O filósofo Quincas Borba é, de acordo com Helder Macedo, "a ausência estruturante do livro".
Os acessos de loucura continuam e Rubião acaba internado em um hospício. Rubião foge e, acompanhado do cão, retorna a Barbacena. Ninguém os recebe e os dois acabam dormindo na rua. No dia seguinte, Rubião morre, ainda acreditando ser um imperador francês.
Resumidamente, o livro trata da história do ex-professor primário Rubião, enfermeiro e discípulo do filósofo Quincas Borba (o qual é apresentado em Memórias Póstumas). ... Sem dúvidas, Quincas Borba é uma obra imperdível e que deve ser lida por todos aqueles que desejam olhar para a sociedade de uma forma diferente.”৭ এপ্রিল, ২০১৪
Quincas Borba é um romance do escritor brasileiro Machado de Assis. Publicado entre 1886 e 1891 na Revista Estação, a obra é composta de 201 capítulos curtos. Ela faz parte da trilogia realista do escritor, ao lado de Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro.
No entanto ele teve nova crise e toda a cidade veio testemunhar a loucura do homem. Louco e vítima de uma febre, faleceu. Quincas Borba morreu três dias depois.