O potencial de ação cardíaco apresenta um platô, uma despolarização mantida, por pelo menos 100 vezes o tempo de um potencial de ação em um nervo ou músculo estriado esquelético. A presença do platô no potencial de ação do miocárdio se deve a abertura específica de canais de cálcio voltagem-dependentes.
Na despolarização ocorre a contração muscular, caracterizando a capacidade contrátil do coração, ou contratilidade. Entretanto, para que as fibras cardíacas possam responder ao potencial de ação gerado nas células marcapasso, são necessárias mais duas propriedades fundamentais: a condutibilidade e a excitabilidade.
Os potenciais de ação podem ter vários formatos e duração. O que tem maior duração é o potencial de ação do coração e o platô corresponde ao tempo necessário para esvaziar o ventrículo.
Se esta despolarização, chamada potencial gerador, alcança o nível crítico, a membrana irá gerar um potencial de ação. O nível crítico de despolarização que deve ser atravessado a fim de desencadear um potencial de ação é chamado limiar. Os potenciais de ação são causados pela despolarização da membrana além do limiar.