Fibrilação ventricular causa tremor descoordenado do ventrículo sem contrações úteis. Acarreta síncope imediata e morte em minutos. O tratamento é a reanimação cardiopulmonar, incluindo desfibrilação imediata.
A maioria dos adultos que pode ser salva de uma parada cardíaca (PC) encontra-se em fibrilação ventricular (FV) ou em taquicardia ventricular sem pulso (TVSP). A desfibrilação elétrica é a terapia mais simples e mais importante para o tratamento destes pacientes.
A parada cardiorrespiratória ocorre quando o coração para de bater e a pessoa para de respirar. Nessa situação, a ajuda médica precisa ser acionada imediatamente, e enquanto o atendimento é aguardado, a massagem cardíaca deve ser iniciada para que o coração volte a pulsar.
Os sinais clínicos considerados em uma PCR são:
São eles:
Porém, os primeiros socorros requerem alguns cuidados iniciais como:
A reanimação cardiopulmonar padrão pode ser feita de duas formas, tanto por uma única pessoa, que realiza insuflações de resgate e compressões do tórax de forma alternada, quanto por duas pessoas, uma realizando as insuflações de resgate e a outra responsável pelas compressões do tórax.
Segundo a coordenadora geral do Samu 192, deve-se tentar afundar o tórax cerca de 5 centímetros e depois retornar tirando o peso de cima do peito da vítima. “A massagem cardíaca deve ser feita num ritmo de 100 compressões por minuto.
Para os pacientes com parada cardíaca, ressuscitação cardiopulmonar deve ser prioridade. Em 2015, a American Heart Association alterou a recomendação para a taxa de compressão torácica de “pelo menos” 100 compressões por minuto para 100-120 compressões por minuto.
No intra-hospitalar, permanece a recomendação de: SEM via aérea avançada: alternar 30 compressões com 2 ventilações. COM via aérea avançada: massagem cardíaca contínua por 2 minutos, com ventilações a cada 6 segundos sem interromper as compressões.
O ritmo mais comum de PCR presenciada em ambiente extra-hospitalar é a fibrilação ventricular6. A probabilidade de sucesso na reanimação cai progressivamente com o tempo, de 7 a 10% a cada minuto em que a desfibrilação é retardada6 , 7.
Os 5 elos da Cadeia de Sobrevivência do adulto na PCR em ambiente pré- hospitalar são: ✔ RECONHECIMENTO imediato da PCR e ACIONAMENTO do Sistema de Resposta de Emergência; ✔ RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) precoce, com ênfase nas compressões torácicas; ... ✔ CUIDADOS PÓS PCR integrados.
A equipe de atendimento da PCR deve dispor de cinco elementos assim distribuídos: ventilação; compressão torácica; anotador de medicamentos e de tempo; manipulação dos medicamentos; um no comando, próximo ao monitor cardíaco. O enfermeiro coordena as ações e direciona as atribuições da equipe de enfermagem.
O enfermeiro tem papel fundamental na ressuscitação cardiopulmonar (RCP), visto que ele é, frequentemente, quem avalia em primeiro lugar o paciente e inicia as manobras de RCR, acionando a equipe (ZANINI et al. 2006; ROH et al. 2013).