As principais teorias demográficas são: malthusianismo, reformismo, neomalthusianismo e transição demográfica. Os índices de crescimento populacional são, há muito tempo, alvo de estudos e preocupações por parte de demógrafos, geógrafos, sociólogos e economistas.
Inúmeras teorias foram elaboradas para tentar explicar o crescimento populacional. Dentre elas, é comum se destacarem três, que estão profundamente inter-relacionadas: a malthusiana, a neomalthusiana e a reformista.
A Teoria Neomalthusiana defende o controle do crescimento populacional para conter o avanço da miséria nos países subdesenvolvidos.
A Teoria Malthusiana, ou Malthusianismo, foi elaborada por Thomas Robert Malthus no ano de 1798 e defendia que a população cresceria em ritmo acelerado, superando a oferta de alimentos, o que resultaria em problemas como a fome e a miséria. ...
Thomas Malthus foi um economista inglês que desenvolveu uma teoria sobre o crescimento populacional e a produção de alimentos. ... Para ele, o mundo deveria sim ter doenças, guerras, epidemias, ele também propôs uma política de controle de natalidade para que houvesse um equilíbrio entre produção de alimentos e população.
Na base da teoria de Malthus está o crescimento exponencial da população, algo que ainda hoje atrai a nossa atenção. ... Afinal o erro de Malthus foi o de não ter previsto que os recursos à disposição da Humanidade iriam crescer também de maneira exponencial, nos 180 anos que se seguiram.
O ecomalthusianismo é a noção teórica de que o crescimento demográfico acelerado e desordenado pressiona a retirada de recursos naturais de áreas que possuem grande biodiversidade no planeta. Controlar o crescimento populacional é uma das formas de preservar a natureza.
Malthus alertava que a população crescia em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos crescia em progressão aritmética. ... No limite, isso acarretaria uma drástica escassez de alimentos e, como consequência, a fome.
Foi constatado que quanto maior a escolaridade da mulher menor é o número de filhos e a taxa de mortalidade infantil. De todas as a teorias, a reformista é a que melhor retrata os fatores que geram o subdesenvolvimento político, social e econômico. Dessa forma, a teoria reformista derruba as teorias de Malthus.
A Teoria Populacional Reformista, ao contrário da Neomalthusiana, afirma que a superpopulação é consequência(e não causa) do subdesenvolvimento. ... Ao contrário do que pensam estas duas Neomalthusianas , os Reformistas acreditam que a pobreza é a causa da superpopulação e não que a superpopulação é a causa da pobreza.
O reformismo é um movimento social que tem em vista a transformação da sociedade mediante a introdução de reformas graduais e sucessivas na legislação e nas instituições já existentes a fim de torná-las mais igualitárias. Essa reforma distingue-se dos movimentos sociais mais radicais, como movimentos revolucionários.
A Teoria Malthusiana relaciona o crescimento populacional com a oferta de alimentos, pressupondo que o aumento da população seria desproporcional à disponibilidade de comida.
Reformismo é a crença de que através de mudanças graduais e dentro das instituições existentes pode-se mudar fundamentalmente o sistema econômico e as estruturas políticas da sociedade. O reformismo é para ser distinguido de reformas pragmáticas. ...
A teoria da transição demográfica afirma que não existe um processo único e constante de explosão demográfica ou crescimento populacional muito elevado. ... O principal efeito da transição demográfica, nesse sentido, seria o processo de envelhecimento populacional.
Taxas de fecundidade ficam abaixo da taxa de reposição populacional. Há aumento da proporção de idosos; encolhimento da população e necessidade de imigrantes para trabalhar nos empregos de mais baixo salário.
As mudanças que nossa população está experimentando, em função de sua transição demográfica, irão transformar nossos mercados estruturalmente em formas ainda não totalmente compreendidas e assimiladas. Naturalmente, essas transformações impactarão também em como as populações e mercados se organizarão espacialmente.
A evolução das taxas de mortalidade, natalidade e fecundidade a partir de 1950 caracteriza o processo de transição demográfica no Brasil. De uma população predominante jovem em um passado nem tão distante, observa-se, nos dias atuais, um contingente, cada vez mais importante, de pessoas com 60 anos ou mais de idade.
A transição demográfica relaciona-se às variações nas taxas de mortalidade e natalidade em uma dada sociedade. Entende-se por transição demográfica a oscilação das taxas de crescimento e variações populacionais.
O envelhecimento populacional pode ser explicado por dois fatores-chave: o aumento da expectativa de vida e a queda da taxa de fecundidade. Nos últimos anos, o mundo assistiu a uma grande elevação da expectativa de vida ao nascer de sua população. Nos anos 1950, a expectativa de vida era de 46,8 anos.
Portanto, o desenvolvimento econômico e a modernização das sociedades são os principais fatores responsáveis pelas mudanças nas taxas de natalidade e de mortalidade, refletindo no crescimento populacional.
A queda nas taxas de mortalidade na infância representa um importante ganho no período, com redução de disparidades geográficas. As causas relacionadas ao cuidado em saúde na gestação, no parto e no nascimento figuram como as principais em 2015, em conjunto com as anomalias congênitas.
Primeiramente, ocorre uma redução da mortalidade, geralmente pelas melhorias nas condições de vida da população, o que gera uma explosão no número de habitantes. Com o tempo, as taxas de natalidade também vão caindo, com a consequente estabilização do crescimento populacional.
A consequência direta da redução no número de nascimentos na Europa é o agravamento do envelhecimento populacional no continente e a consequente falta de mão de obra para o trabalho.
Essa queda da taxa de fecundidade é consequência de vários fatores, tais como projetos de educação sexual, planejamento familiar, utilização de métodos contraceptivos, maior participação da mulher no mercado de trabalho, expansão da urbanização, entre outros.
1) alta mortalidade e natalidade com crescimento vegetativo baixo; 2) queda na mortalidade e elevação abrupta no crescimento demográfico; 3) desaceleração do crescimento em razão da queda das taxas de natalidade; 4) Estabilização demográfica pelo relativo equilíbrio entre mortalidade e natalidade.
Os países desenvolvidos apresentam essa taxa em declínio em virtude do planejamento familiar, do maior acesso de mulheres ao mercado de trabalho, a programas de saúde, a métodos contraceptivos, bem como à educação.
Os países mais desenvolvidos economicamente, incluindo a maior parte da Europa, os EUA, a Coreia do Sul e a Austrália, têm taxas de fecundidade mais baixas.
Coreia do Sul
A urbanização e o planejamento familiar são fatores que influenciaram a queda da natalidade no Brasil. A taxa de natalidade indica quantas pessoas nasceram em um determinado país ou região em proporção com o número total de habitantes.