Esse movimento está diretamente relacionado à disputa da terra, coronelismo, vingança, revolta à situação de miséria no Nordeste e descaso do poder público. Os cangaceiros aterrorizavam as cidades, realizando roubos, extorquindo dinheiro da população, sequestrando figuras importantes, além de saquear fazendas.
O cangaço desenvolveu-se no Nordeste Brasileiro na primeira metade do século XX, principalmente nas décadas de 1920 e 1930. ... A figura do cangaceiro é caracterizada pelo sertanejo sempre em trânsito, com vida seminômade, vivendo em bando e vestindo roupas de couro curtido, armado com rifles, facas (peixeiras) e punhais.
Teve como consequências ações violentas de grupos ou indivíduos isolados: assaltavam fazendas, sequestravam coronéis (grandes fazendeiros) e saqueavam comboios e armazéns. Não tinham moradia fixa: viviam perambulando pelo sertão, praticando tais crimes, fugindo e se escondendo.
Lampião e Maria Bonita foram mortos em 1938; cangaço acabou em 1940. O cangaço foi um movimento social que durou cerca de 40 anos e percorreu sete estados nordestinos.
As fotografias dos cangaceiros em poses que transmitiam orgulho e segurança irritaram o presidente Getúlio Vargas, fato que impulsionou o definitivo esforço de repressão que exterminaria os bandoleiros do sertão. Além disso, o documentário sobre Lampião foi apreendido.
As cabeças ficaram expostas no museu do Instituto entre 1938 e 1969, quando foram entregues aos familiares. O paradeiro das cabeças é desconhecido, apesar dos familiares afirmarem que estão enterradas em um cemitério de Aracaju.
Posteriormente, os restos mortais ficaram expostos no Museu Antropológico Estácio de Lima localizado no prédio do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, em Salvador, por mais de três décadas. Durante muito tempo, as famílias de Lampião, Corisco e Maria Bonita lutaram para dar um enterro digno a seus parentes.
28 de julho de 1938
João Bezerra
Em “Apagando Lampião — Vida e Morte do Rei do Cangaço”, Frederico Pernambucano de Mello revela a identidade de Santo, soldado que traiu e decapitou o capitão Virgulino em 1938.
1997
Zé Baiano era filho de cangaceiro e morreu a tiros pelo policial Antônio de Chiquinho, e depois foi esquartejado. CANGACEIRO ZÉ BAIANO-CONHECIDO PELa SUA CRUELDADE José Baiano (JB) foi um dos mais temíveis cangaceiros de Lampião.
7 de julho de 1936
Frei Paulo, Sergipe, Brasil
Zé Baiano não era negro, era moreno, caboclo, acobreado. Em Chorrochó, onde ele nasceu, não há negros do tipo descrito por Rodrigues de Carvalho.
Baianos são uma linha de trabalho da Umbanda pertencentes à chamada Linha das Almas, a mesma dos Pretos-Velhos. Suas giras são encontradas sobretudo em São Paulo. A correspondência no Rio de Janeiro é com a linha dos Malandros, cujo maior representante é Zé Pelintra.
Denominação dada a pessoa nascida no estado da Bahia. Ele nasceu na Bahia, logo é baiano.
Lampião
Foi assassinada a facadas por Luiz Pedro, Candieiro e Vila Nova. Oito dias depois, no dia 28 de Julho aconteceria a tragédia de Angicos que ceifou a vida do rei do Cangaço e de alguns companheiros. A traição feminina significava desonra e desmoralização do Cangaceiro e era paga com sangue.
Agindo de surpresa, uma tropa da polícia desbaratou o bando encontrado na Grota de Angicos, em Poço Redondo, Sergipe. Onze deles não conseguiram escapar, entre eles, Lampião e Maria Bonita, que foram mortos e decapitados. ... Maria Bonita morreu na Grota de Angicos, em Poço Redondo, Sergipe, no dia 28 de julho de 1938.
Na cidade muito longe do sertão - pelo menos na geografia - mora Dulce Menezes dos Santos, de 96 anos, violentada na adolescência por um integrante do grupo de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, arrancada da família e levada para a vida nômade na caatinga.
Expedita é dona-de-casa e tem quatro filhos. Vive em Aracaju (SE) e tem como principal diversão viajar. Lampião (1898-1938) e Maria Bonita (1911-1938) casaram-se em 1930. Ela, aos 19 anos, passou por três abortos espontâneos antes de dar à luz Expedita.
Teve cinco filhos. Escreveu um livro contando sua história. Morreu em fevereiro de 2005.
Era o único representante vivo de um violento movimento histórico do País. Num hospital particular de Maceió, longe do sertão que marcou sua juventude, morreu no domingo 15, de insuficiência respiratória, José Alves de Matos, 97 anos, o último cangaceiro do bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.
Virgulino Ferreira conhecido como Lampião foi um dos maiores líderes da história dos movimentos armados independentes do Brasil. Em julho de 1938, chegava ao fim a trajetória do líder cangaceiro mais polêmico e influente no cangaço.
O primeiro bando de cangaceiros que se tem conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo Calado, “Jesuíno Brilhante”, que agiu po volta de 1870. O último foi de “Corisco” (Christino Gomes da Silva Cleto), que morreu em 1940.
Jesuíno Brilhante nasceu em Patu, no sítio Tuiuiú, em 1844, filho da aristocracia rural sertaneja. Em 1871 entrou no cangaço por vingança, após um irmão dele ter sofrido uma surra nas ruas da cidade e uma cabra de sua fazenda ter sido roubada.
O autor, em seguida, cita um texto de Raimundo Nonato, que narra um episódio, onde Jesuíno Brilhante se hospedou em uma casa. O marido estava ausente. Um bandido, de nome Montezuma, procurou se aproveitar da situação para perseguir a proprietária da casa. Jesuíno, revoltado, matou o malfeitor.
Lampião. O cangaceiro mais famoso foi Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, também denominado Senhor do Sertão e O Rei do Cangaço. Atuou durante as décadas de 1920 e 1930, em praticamente todos os estados do nordeste.
Água Branca, Alagoas, Brasil