A disciplina de Arte é responsável por desenvolver a criatividade e a sensibilidade do aluno desde muito cedo. Em outras palavras, nas aulas de artes o aluno é capaz de se expressar através de desenhos, colagens e pinturas. ... Permite ao aluno expressar seus sentimentos e sua percepção do mundo.
Qualidade não é quantidade. "Um trabalho que garanta uma aprendizagem significativa para os alunos não depende de riqueza de material, mas de conteúdo, estratégia e propostas que ofereçam oportunidades de participação", argumenta Karen Greif Amar, da Escola da Vila, em São Paulo.
A sequência de atividades planejada pela professora abarcava algumas propostas de desenho de observação direta (da própria natureza) e indireta (de fotografias da natureza). Essas propostas contribuíram para que os alunos investigassem quais elementos gráficos poderiam ser utilizados para desenhar, e essa investigação tinha uma abertura ajustada, de modo que cada aluno pudesse fazer suas pesquisas gráficas, na busca de diferentes soluções de enquadramento, texturas, espessuras da linha, ou seja, uma pesquisa muito peculiar a cada aluno.
O projeto Revelando riquezas, realizado pela professora Vera Cristina Terrabuio Lucato da EMEFEI Oscar Novakoski, em Dois Córregos, a 255 quilômetros de São Paulo, abarca as questões ligadas à memória e que provocam reflexos na realidade, mesmo que as pessoas não se deem conta disso imediatamente.
O projeto de fotografia abarcou as dimensões documental e artística. Documental, pois a proposta tinha como foco a valorização do trabalho rural; e artística porque a professora propõe que os alunos sejam tocados pela realidade por meio do mergulho em um processo de criação focado na linguagem fotográfica, uma via poética para agir sobre a realidade e refletir sobre ela.
Todos os meus colegas ensinavam da maneira tradicional. As aulas eram reduzidas à preparação de atividades em datas comemorativas e à pintura de desenhos mimeografados. O que eu aprendi na faculdade estava distante do que eu via na escola.
Quadros vivos foi o título dado ao projeto que a professora Marcela Wanderley Gaio, da Escola Municipal Professora Leocádia, no Rio de Janeiro, realizou junto aos alunos de 9º ano. A professora queria que os alunos se aproximassem mais da arte e, com certeza, isso aconteceu. Os alunos não apenas se aproximaram, mas literalmente entraram na obra de corpo e alma.
A professora dá tratamento didático muito adequado aos conteúdos, respeita e dá espaço para o movimento de cada grupo e de cada criança no grupo. Quando decide levar os materiais aos poucos, demonstra controle sobre sua ação e favorece que os alunos tenham autonomia para controlar as próprias ações. Conforme os estudantes vão descobrindo as possibilidades rítmicas, a professora oferece mais condições para que elas sejam exploradas e aprofundadas. As crianças exploram, descobrem e criam durante todo o processo. Quando os alunos apontam que querem construir instrumentos, ela os apoia, mas quando o movimento do grupo aponta para instalações sonoras, esse caminho também se revela possível.
Já os outros dois assuntos recorrentes na análise das provas desses anos são relativos aos processos e movimentos artísticos no Brasil. Chama a atenção que, em 3 questões, foi abordado o tema da Arte Brasileira pós-anos 1970, um período de forte transição no país. Além disso, duas questões também abordaram a Arquitetura Brasileira, com destaque para grandes nomes como Oscar Niemeyer e suas obras famosíssimas.
Existem, na internet, diversos materiais sobre as influências dos movimentos artísticos e a história da arte. Porém, pela diversidade e extensão do assunto, muitos sites apresentam informações desconexas e esparsas, dificultando fortemente a compreensão por parte dos alunos, que acabam ficando perdidos no meio de tantos movimentos e artistas existentes.
O programa aborda assuntos desde a Pré-História até a Arte na Idade Contemporânea, abrangendo todos os movimentos e vanguardas criados ao longo da história da humanidade. Além disso, é possível também conferir vídeos sobre as correções de provas do último ano do Enem (2017).
Os alunos se apresentam em eventos culturais e na escola, uns para os outros - os mais experientes tocam para os mais novos cantarem. Há um clima de ensaio nas apresentações, os alunos aprendem a estabelecer outro tipo de relação com o público e a romper com a tensão que é comum nas finalizações, de que tudo precisa dar certo. Pode-se aprender com os erros.
Já os registros de arte indígena são originários, principalmente, da região amazônica. As civilizações indígenas pré-colonização fabricavam vários objetos de cerâmica, com finalidades estéticas. É possível destacar vasos em formas humanas e de animais, por exemplo. As costas do Maranhão e da Bahia são riquíssimos territórios com registros de produção de cerâmica.
Em um esforço para mudar isso, o MEC passou a incluir na prova do Enem de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias assuntos relativos à arte e sua história. Arte Contemporânea e Modernismo, por exemplo, são assuntos recorrentes nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio.
É notável como o professor trata o próprio cotidiano da aula como um ritual e uma coreografia. Processo e produto aqui se equivalem. A cada aula, aquecimento, improvisação, roda de conversa. A repetição aparece como estratégia de assimilação e memorização, mas não de uma memorização mecânica, ao contrário, de uma memorização sensível e carregada de sentido. Nas rodas de conversa não faltaram situações de apreciação de importantes contribuições no campo da dança e da performance - como Pina Bausch, Ballet Stagium e Yves Klein -, trazidos como referências para que os alunos pudessem se alimentar de outras ideias.
Alguns anos mais tarde, novas concepções foram sendo construídas, abrindo espaço para a consolidação da perspectiva sociointeracionista, a mais indicada pelos especialistas hoje por permitir que crianças e jovens não apenas conheçam as manifestações culturais da humanidade e da sociedade em que estão inseridas, mas também soltem a imaginação e desenvolvam a criatividade, utilizando todos os equipamentos e ferramentas à sua disposição.
Outros temas importantes, que precisam sem dúvidas ser estudados, são o Barroco Mineiro, o Renascimento Italiano, a Arte na Pré-História, além das grandes vanguardas e movimentos artísticos que marcaram época ao longo dos séculos.
Para romper com a separação arte e vida, muitos artistas despiram seus trabalhos de molduras (no caso da pintura) e bases (no caso das esculturas). Os objetos de arte passaram a ocupar o mesmo lugar que as pessoas ocupam. Eles assim tornaram-se corpos. Surgem novas possibilidades, como as ações e as performances - a ideia de obra em processo. Em alguns casos, a obra apresenta uma incompletude, algo de inacabado, que deixa abertura para uma ação, mesmo que mental, por parte do público.
O ensino de Arte permite ao aluno desenvolver aspectos como a sensibilidade, a percepção, a expressividade, a espontaneidade, a consciência de si, do outro e das diversas culturas.
É dessa maneira que Nietzsche, no capítulo 4 de O nascimento da tragédia, explicita o processo transfigurador que a natureza artista realiza, por meio do sonho, para criar a bela aparência. ... Para que a arte se torne uma atividade do ser humano, é preciso que o indivíduo dê forma ao sonho e à embriaguez.
É de autoria do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) a frase "a arte existe para que a realidade não nos destrua"; Nietzsche acreditava que somente a arte poderia oferecer aos homens força e capacidade para enfrentar as dores da vida, fazendo-os "dizer sim" à ela.
As expressões artísticas têm um papel muito importante na história da humanidade. Na verdade, é através delas que o ser humano expressa os seus sentimentos e a sua criatividade. ... Por exemplo, Fernando Pessoa expõe os seus sentimentos na sua poesia, revelando o mundo interior na sua poesia de forma intelectualizada.
Arte e trabalho se assemelham, pois, mediante sua comum ligação com a essência humana, isto é, por ser a atividade criadora mediante a qual o homem produz objetos que o expressam, que falam dele e por ele. Entre a arte e o trabalho, portanto, não existe oposição [...]
A arte tem imensa capacidade de unir vários fatores, criando um mundo próprio, transmitindo um grande número de informações, por exemplo: questionar, criticar, sensibilizar, mostrar a realidade, apontar o belo e colaborar com a formação pessoal.
As artes têm uma grande importância, na vida das pessoas, nas suas mais diversas manifestações, contribuindo para o desenvolvimento de uma personalidade integrada e harmoniosa na sociedade. Daí a pertinência pedagógica em apostar-se seriamente na Arte Educação, na formação das crianças e jovens.