Como prevenir a leishmaniose visceral canina?
O calazar é causada pelo protozoário parasita Leishmania que é transmitido pela picada de mosquitos-palha infectados. O parasita ataca o sistema imunológico e, meses após a infecção inicial, a doença pode evoluir para uma forma visceral mais grave, que é quase sempre fatal se não for tratada.
A leishmaniose é uma doença vetorial, transmitida somente através da picada do mosquito-palha, não havendo transmissão ou contágio do cão para o homem ou vice-versa.
Os principais medicamentos utilizados para tratar a Leishmaniose visceral são os Compostos Antimoniais Pentavalentes, como o Antimoniato de meglumina e Estibogluconato de sódio, que são a principal opção de tratamento, aplicadas em doses intramusculares ou venosas, por 20 a 30 dias.
O protozoário que causa a leishmaniose visceral é o Leishmania chagasi. Contudo, o microrganismo necessita de um vetor, ou seja, um animal capaz de transportá-lo para um ser vivo, em que a doença irá se desenvolver. No caso da leishmaniose visceral, este vetor é o mosquito palha (Lutzomyia longipalpis).
Os principais sintomas da leishmaniose visceral em humanos são febre intermitente por semanas, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramento na boca e nos intestinos.
Porém, para transmitir a doença, o mosquito precisa primeiro picar um animal infectado e sugar uma amostra de sangue com o protozoário Leishmania. No intestino do inseto, o protozoário vai, então, se transformar na forma infectante. Ao picar um novo animal, o parasita é transmitido, contaminando um novo hospedeiro.
Principais sintomas
O Calazar não tem uma cura definitiva, mas pode ser tratado durante toda a vida do cão para aumentar sua longevidade. O veterinário poderá indicar alguns medicamentos que amenizam os sintomas e o sofrimento do animal e ainda agir sobre os parasitas.
No caso de o animal desenvolver a doença é muito importante realizar um tratamento adequado. O tratamento habitual da leishmaniose nos cães consiste em: Antimoniato de meglumina 80 mg/kg/dia durante 45 dias. Alopurinol 10 mg/kg/12 horas durante 90 dias.
O diagnóstico é feito pela demonstração de parasitas em amostras ou culturas e, cada vez mais, por ensaios baseados em PCR em centros de referência. Sorologia pode ser útil no diagnóstico da leishmaniose visceral, mas não da forma cutânea.
De acordo com a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS,(2) a leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa, com baixa mortalidade, não contagiosa, causada por protozoário do gênero Leishmania, dispondo como principais espécies no Brasil a Leishmania (Leishmania amazonensis, L.
Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior freqüência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta.
DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA Exame parasitológico direto, através de exame do raspado da borda da lesão, ou “in-print” feito com o fragmento da biópsia; histopatologia, intradermorreação, reação de Montenegro-IRM. Sorologia pode ser útil.
1. Teste de Montenegro ou Intradermorreação de Montenegro: É um teste cutâneo, aplicado no antebraço com uma injeção intradérmica, que serve para saber se a pessoa foi picada por um flebótomo infectado. Costuma ser reator em 98% das pessoas com Leishmaniose.
Exame Sorológico É o de detecção mais fácil para o diagnóstico da LV (imunofluorescência e Elisa, esse último não disponível na rede).
Exames Parasitológicos Exame direto (esfregaço de lesão, imprint por aposição): diagnóstico de certeza pelo encontro do parasito na sua forma amastigota.
Reação de Montenegro: teste reativo para leishmaniose. Imagem obtida após 48 horas da aplicação. Uma área avermelhada intensa e rígida pode facilmente ser observada, bem como o início de uma erupção cutânea. O teste acusou uma área efetivamente afetada de 38 mm.
O teste de Intradermorreação de Montenegro (IDRM) avalia a resposta tardia de hipersensibilidade celular e representa o principal exame complementar para o diagnóstico de LT, principalmente para a forma mucocutânea.
Os antimoniais pentavalentes, como o estibogluconato de sódio (Pentostan) e o antimoniato de N-methyl glucamine (Glucantime), foram introduzidos como quimioterápicos na década de 40, sendo atualmente as principais drogas utilizadas no tratamento das leishmanioses.
Reação inflamatória cutânea local provocada pela injeção intradérmica de um antigénio ou de uma toxina para determinar o grau de imunidade ou de recetividade do indíviduo para a doença correspondente ao produto injetado (reação de Dick toxina estreptocócica; reação de Mantoux tuberculina; reação de Noguchi luetina; ...
A imunidade celular específica contra o M. leprae pode ser sugerida pelo teste de Mitsuda. O teste constitui-se de injeção intradérmica de bacilos mortos. Faz-se a leitura após 28 a 30 dias, considerando-se reação positiva o surgimento de nódulo ou ulceração no local.
O PPD é o exame de triagem padrão para identificar a presença de infecção pela Mycobacterium tuberculosis e, assim, auxiliar o diagnóstico da tuberculose.
Teste conhecido como PPD (derivado proteico purificado), Reação de Mantoux ou Teste Tuberculínico. Estima-se que este exame fique positivo após 3 a 12 semanas do primeiro contato com o bacilo da tuberculose.