IRACEMA – (lábios de mel) – índia da tribo dos tabajaras, filha de Araquém, velho pajé; era uma espécie de vestal (no sentido de ter a sua virgindade consagrada à divindade) por guardar o segredo de Jurema (bebida mágica utilizada nos rituais religiosos); anagrama de América. ... CAUBI – índio tabajara, irmão de Iracema.
A paixão de Martim por Iracema leva-o a escolher ficar com ela, estabilizando uma cabana para os três em uma tribo amiga. Lá vivem bem e felizes, até Iracema engravidar. Uma guerra da tribo de Martim leva-o junto para longe, levando Poti consigo.
“O romance foi escrito para representar a origem da raça brasileira”, diz. Ao contrário de Memórias de um Sargento de Milícias (1854) que tem um anti-herói, vagabundo e largado, Iracema possui um típico herói romântico: o europeu Martim, que mistura sentimentos e valores nobres, como amor e honra.
Essa característica de Iracema mostra que embora o narrador privilegie os seus sentimentos e pensamentos ao longo da história, idealizando o índio, que ela representa, o seu ponto de vista ao contar torna-se o do branco colonizador, na medida em que "europeiza" e "romantiza" Iracema.
R: Na obra de Chico Buarque a personagem é representada como uma mulher moderna de classe pobre, que entrou na América de forma ilegal. Na obra de José de Alencar Iracema é representada como uma índia guerreira, virgem, bela e que vive de acordo com sua cultura indígena.
Morre pq foi abandonada grávida pelo marido Martin que não se preocupou em cuidar da mulher que ficou doente sem chance de poder caçar ou pescar pra se alimentar. Ela foi morrendo aos poucos e de inanição, uma crueldade feita pelo português, marido dela.
José de Alencar
Iracema (originalmente: Iracema - Lenda do Ceará) é um romance brasileiro publicado em 1865 e escrito por José de Alencar, fazendo parte da trilogia indianista do autor. Os outros dois romances pertencentes à trilogia são O Guarani e Ubirajara.
ARAQUÉM
A narrativa inicia-se em 1608, quando Martim Soares Moreno é indicado para regularizar a colonização da região que mais tarde seria conhecida como Ceará. José de Alencar era leitor assíduo de Walter Scott, criador do romance histórico, e foi influenciado por esse escritor.
Iracema, de José de Alencar, é uma obra pertencente à primeira geração do Romantismo brasileiro e apresenta a história de uma índia que se apaixona por um guerreiro branco.
Português
Iracema é a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. ... Porém, Iracema não pode se entregar a esse amor, ela deve se manter virgem por carregar com ela o segredo da Jurema (a bebida sagrada) ela é pura, é especial e protegida por seu povo.
b) A estabilidade inicial é quebrada pela chegada do guerreiro branco, que representa o colonizador. Isso acontece nos parágrafos 8 e 9.
a) Batuiretê é avô dos guerreiros pitiguaras Jacaúna e Poti, aliados do português Martim. É um velho índio muito sábio e respeitado, que, quando jovem, foi um excelente guerreiro e expulsou os inimigos tabajaras para o sertão do Ceará.
Iracema é considerado por muitos “um poema em prosa” e narra a história de uma índia tabajara que se apaixona por um colonizador europeu. ... Essa harmonia intocável de Iracema é quebrada com a chegada de Martim, colonizador português que se perde na mata durante uma caçada com Poti, seu amigo da tribo pitiguara.
Principais Características
O romance indianista aborda costumes indígenas, dando ao índio a imagem de herói; já o romance regionalista fala mais sobre a vida rural de uma determinada região do país, destacando características próprias dela, como costumes, valores, o linguajar e a cultura típica de uma região.
O Romance Regionalista é marcado pela busca do redescobrimento do Brasil e sua diversidade regional e cultural. Constitui uma das mais importantes e frequentes na literatura brasileira, tem no vínculo direto com o real expressões utilizadas ainda hoje.