Um genocídio no maior hospício do Brasil. ... Na tragédia brasileira de Barbacena, os pacientes internados à força foram submetidos ao frio, à fome e a doenças. Foram torturados, violentados e mortos. Seus cadáveres foram vendidos para faculdades de medicina, e as ossadas comercializadas.
O manicômio era formado por dezesseis pavilhões independentes, tendo cada um deles a sua função específica: Pavilhão "Zoroastro Passos" para mulheres indigentes; Pavilhão "Antônio Carlos" para homens indigentes; Pavilhão "Afonso Pena"; Pavilhão "Milton Campos"; Pavilhão "Rodrigues Caldas" e Pavilhão "Júlio Moura".
Holocausto brasileiro: 50 anos sem punição.
O Hospital Colônia, em Barbacena, foi responsável pela morte de 60 mil pacientes, dos quais 70% sequer foram diagnosticados com doenças mentais. ... À época em que houve o maior número de mortes, entre os anos 1960 e 1970, a situação do hospital ganhou o apelido de “Holocausto Brasileiro”.
A palavra Holocausto é utilizada desde a década de 1980 para designar o extermínio em massa de cerca de seis milhões de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial. O termo tem sua origem na palavra greco-latina holocaustum e significa "totalmente queimado" ou "vítima de um incêndio".
Como o Colônia não tratava apenas pessoas da cidade, muitas vinham de fora, desembarcando de trem. O cenário rendeu comparações inevitáveis com os campos de concentração nazistas, já que eles também eram abastecidos com trens,os internados não apresentavam registro de doença mental.
Em 1930, o hospital estava lotado e em 1960 existiam 5 mil pacientes em um lugar projetado para 200. ... Mais recentemente, o Colônia tornou-se Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, com 170 pacientes internados como crônicos, e teve a última cela desati- vada em 1994.
Os documentos eram confiscados e os que não tinham documentos eram rebatizados pelos funcionários. O horror vivido diariamente no hospital foi denunciado diversas vezes na imprensa nacional e internacional, mas, apesar disso, a última cela do Colônia foi desativada apenas em 1994.
Dos nove milhões de judeus que residiam na Europa antes do Holocausto, cerca de dois terços foram mortos; mais de um milhão de crianças, dois milhões de mulheres e três milhões de homens judeus morreram durante o período.
Em 27 de janeiro de 1945 os campos foram libertados pelas tropas soviéticas, dia este que é comemorado mundialmente como o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, assim designado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, resolução 60/7, em 1 de novembro de 2005, durante a 42º sessão plenária da Organização.
Conforme os estudos mais de 2 milhões de judeus foram mortos pelo Einsatzgruppen. O início do holocausto começou de fato com a construção de campos de concentração. Os judeus eram transportados para esses locais em vagões de trem superlotados, sob a responsabilidade e olhares de oficias e apoiadores do Nazismo.
O primeiro campo na Alemanha, Dachau, foi fundado em março de 1933. O anúncio da imprensa disse que "o primeiro campo de concentração deve ser aberto em Dachau com acomodação para 5.
Campo de concentração designa uma construção militar cujo propósito é deter prisioneiros de guerra ou prisioneiros políticos. Ao longo da história, ocorreram diversos exemplos de campos de concentração que foram desenvolvidos como forma de segregar determinada população.
A seca de 1915 foi o cenário para obras escritas como o livro O Quinze, de Rachel de Queiroz, bem com para a implantação do primeiro campo de concentração no Ceará, no Alagadiço, ao oeste de Fortaleza. No Alagadiço, estima-se um ajuntamento de 8 mil pessoas, cuidadas com alguma comida e sob a vigília de soldados.
Conceição atravessava muito depressa o Campo de Concentração. Às vezes uma voz atalhava: ... No romance O Quinze, a escritora Rachel de Queiroz (Fortaleza, 1910) narra a seca histórica de 1915 que castigou o Nordeste brasileiro e descreve parte do que foram os chamados campos de concentração da seca.
Segundo o historiador Marco Antonio Villa, autor de Vida e Morte no Sertão, durante a seca de 1915 teriam morrido pelo menos 100 mil nordestinos. Outros 250 mil migraram para escapar da “velha do chapelão” – como a fome era conhecida no imaginário do semi-árido.
A Grande Seca, ou a seca no Nordeste brasileiro de 1877–1879, foi o mais devastador fenômeno de seca da história do Brasil, ocorrido no período imperial brasileiro. A calamidade é responsável pela morte de entre 400.
Segundo jornais da época, eram acampamentos que amontoavam famílias em condições sub-humanas, com pouca comida e menos ainda higiene e cercado de guardas.
Retirante é o termo que se refere à pessoa ou grupo que abandona a sua terra por causa da seca e da miséria em busca de uma localidade que lhe dê melhores condições de vida. Foi amplamente usado no Brasil para se referir a nordestinos que migravam para as grandes cidades do Sul–Sudeste brasileiro, fugindo das secas.