Desde o Renascimento, a arquitetura é considerada uma das artes plásticas. Sociologia e filosofia também estão presentes, com tendências como racionalismo, construtivismo e fenomenologia sendo parte importante da história e das teorias da arquitetura.
A alusão da síntese entre arte e arquitetura, embora remonte à origem da disciplina, alcança, nas vanguardas artísticas do início do século XX, significado e função social diferentes, constituindo uma das características mais marcantes do Movimento Moderno. Uma integração presente nas obras de grandes nomes do movimento como Mies van der Rohe, Le Cobusier, Oscar Niemeyer, para citar alguns.
O sucesso de um grande evento pode estar ligado ao repertório de quem o organiza, mas também depende de muitos outros fatores, entre os quais, o lugar onde será realizado. Eventos magistralmente grandes como shows de bandas internacionais, por exemplo, requerem lugares que, obviamente, comportem os fãs com o mínimo de segurança. O mesmo acontece com outros eventos, até os menores e para públicos específicos. E é aí onde a arquitetura entra. Decidir por espaços adequados, coerentes e, não menos importante, bonitos – melhor ainda se tiver uma ‘pitada’ de relevância histórica –, é condição sine qua non para a maioria, mas, principalmente, para o universo das artes plásticas. É nessa seara que algumas das principais feiras de arte se apropriam de lugares cuja arquitetura, em sua maioria emblemática, oferece mais uma provocação estética aos seus visitantes, sendo um deleite para olhos e alma.
Também foi com os avanços trazidos durante a arquitetura moderna que foram construídos os primeiros arranha-céus no mundo. Este tipo de construção é, sem dúvida, um dos maiores marcos desse estilo arquitetônico.
O evento é realizado pelos mesmos sócios da ArtRio, Brenda Valansi e Dream Factory. “A ArtSampa trouxe para a capital paulista os valores e metas que construímos ao longo de nossa jornada. Queremos, cada vez mais, estimular um mercado sério e ético para o segmento da arte, reconhecido internacionalmente por suas melhores práticas. Chegar a São Paulo no ano do centenário do movimento modernista é muito emblemático. Temos como compromissos a valorização da arte brasileira, o estímulo a novos artistas e o reconhecimento da arte como forma de expressão da sociedade e sua cultura”, pontua Brenda Valansi, presidente da ArtRio.
O Paisagismo é um ramo muito comum da arquitetura, que também é conhecido como a arquitetura da paisagem. Tem por objetivos conciliar de modo harmônico os vários aspectos da paisagem, com os ambientes modernos. Temos como principais características:
Entretanto, apesar do ideal ser a construção coletiva entre as disciplinas desde o inicio do projeto, o convite posterior ao processo de desenho não invalida o resultado final. Como exemplo disso está o Salão Negro no Palácio do Congresso em Brasília, onde o artista plástico Athos Bulcão foi convidado por Niemeyer posteriormente ao projeto definindo uma linguagem abstrata e de simples execução utilizando o granito preto do piso e mármore branco das paredes o que resultou em um mural integrado com a arquitetura e com os materiais já utilizados na arquitetura. Este mural de padrões abstratos é usado como exemplo para muitos estudiosos, incluindo Paul Damaz quando afirma que a linguagem não figurativa é a que melhor se encaixaria nas obras modernistas. Nesse sentido, o autor também cita como exemplo o bronze semi-figurativo da artista Maria Martins no jardim do Palácio da Alvorada evocado pela "afinidade de forma entre as linhas curvas" da escultura e os "graciosos pilares do edifício", como o exemplo exitoso de integração.
Arquitetura é a arte e técnica de projetar uma edificação ou um ambiente de uma construção. É o processo artístico e técnico que envolve a elaboração de espaços organizados e criativos para abrigar diferentes tipos de atividades humanas.
E, com base no belo e funcional, podemos relativizar o casamento perfeito entre a arquitetura do pavilhão Ciccillo Matarazzo, mais popularmente conhecido como Pavilhão da Bienal, e a feira anual de artes plásticas SP-Arte. Localizado dentro de um dos maiores parques públicos de São Paulo, o edifício assinado pelo gigante brasileiro da arquitetura, Oscar Niemeyer (1907-2012), abriga a feira de artes desde sua primeira edição em 2005 e é, além de um marco na história do modernismo do país, um local de bom gosto, elegância e, acima de tudo, essencial, como conta a idealizadora e diretora da feira, Fernanda Feitosa. “Desde que nasceu, a SP-Arte escolheu o Pavilhão Ciccillo Matarazzo para ser a sede principal de seus eventos. Fundamental na história do modernismo brasileiro, o pavilhão é uma obra-prima de Niemeyer inaugurada em 1957.” Ao mesmo tempo, ela explica que experimentar novos espaços é algo do qual não abre mão. “A Arca, que sediou a SP-Arte em 2021 e onde acontece nossa próxima feira ‘Rotas Brasileiras’, em agosto (2022), é um galpão industrial construído nos anos 1960 que abrigou uma grande metalúrgica. Hoje, ele serve como um polo para economia criativa nesse novo eixo da cidade que vem se formando em torno da Vila Leopoldina: um prolongamento da avenida Faria Lima que estende por toda a margem direita do Rio Pinheiros até o Ceagesp, em uma área que concentra produtoras de cinema e startups.”
É interessante ressaltar que durante alguns acontecimentos da história da arquitetura, ocorrem fatos paralelos relevantes sobre a história da arte, assim é comum que haja semelhanças, principalmente no perfil da tendência estética.
Presente em todo o desenvolvimento da sociedade, a arquitetura surgiu da relação entre o homem e sua necessidade de organizar o espaço. Passou a ser considerada arte devido à engenhosidade e uso da estética para criar edifícios impactantes e duradouros, tendo sido um aspecto fundamental para a formação da civilização e arte desde os gregos antigos.
E, pegando carona na fala de Fernanda Feitosa, pode-se dizer que “essa ponte que a arquitetura nos ajuda a traçar entre uma herança do passado moderno e um futuro pungente, pulsante e muito criativo para o Brasil é o que mais nos interessa”, arte e arquitetura seguem se entrelaçando, criando oportunidades únicas para seus visitantes e abrindo o horizonte de todos que vivenciam, adentram e podem experienciar esse universo do belo enquanto “esplendor da ordem”, como disse Aristóteles (384 a.C.-322 a.C), um dos grandes pensadores da antiguidade, ou como o disse Platão (428 a.C.-347 a.C), igualmente outro importante pensador “o belo é o bem, a verdade. É a perfeição.”
A chamada arquitetura contemporânea consiste em um conjunto de diferentes referências de estilos. Esse é o reflexo de uma das características de maior destaque da pós-modernidade: o pluralismo.
Assim como Rino Levi alertou, a arquitetura não é secundária, mas também não é a mãe de todas as artes. A arte é uma só e seu valor é medido pelas emoções que ela desperta em nós. Pintura, escultura podem ter vida independente, no entanto, quando aplicadas na arquitetura, tornam-se partes de um todo. Uma lição de coletividade e compartilhamento de experiências que surge na concepção do projeto e floresce em todos os que têm a oportunidade de visitar a obra.
Em março último, a capital de São Paulo recebeu a primeira edição da ArtSampa, feira de arte que ocupou o pavilhão Lucas Nogueira Garcez, mais conhecido como OCA, também de Oscar Niemeyer, entre os dias 16 a 20. O evento reuniu cerca de 50 expositores, entre galerias e instituições, em mais um simbólico projeto da cidade paulistana. O edifício é um espaço expositivo com mais de 10mil m² dentro do Parque Ibirapuera e foi projetado em 1951 a fim de compor o conjunto arquitetônico do parque em celebração ao IV centenário da cidade de São Paulo.
Uma das principais características deste estilo é o uso de colunas. Estas estavam divididas em três modelos arquitetônicos distintos, seja pela forma e feitio:
O auge da arquitetura gótica foi entre os séculos XII e XIII. No entanto, esse estilo arquitetônico apenas ficou conhecido como "gótico" a partir do século XV, pelos Renascentistas.