Chamamos de agente teratogênico tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais (restrição de crescimento, por exemplo), ou ainda distúrbios neuro-comportamentais, como retardo mental.
Um agente teratogênico é definido como qualquer substância, organismo, agente físico ou estado de deficiência que, estando presente durante a vida embrionária ou fetal, produz uma alteração na estrutura ou função da descendência (Dicke, 1989).
substantivo feminino Particularidade ou condição do que é anômalo, fora do comum. Caraterística do que desigual ou falta de regularidade de um corpo, um produto, uma matéria, um fenômemo natural, uma coisa qualquer etc: anomalia de caráter genético.
Por anomalia craniofacial entende-se todo defeito congênito que envolve a região do crânio e da face. Uma das anomalias craniofaciais mais freqüentes é a fissura de lábio e/ou palato, que ocorre em uma a cada 1.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), anomalias ou defeito congênito fetal são anormalidades funcionais ou estruturais, identificadas desde a vida uterina e/ou ao nascer.
As anomalias congênitas (ACs) são distúrbios de desenvolvimento de origem pré-natal presentes ao nascimento, e podem ser estruturais (deformidades físicas), funcionais (alterações neuromotoras) ou metabólicas (por exemplo, os erros inatos de metabolismo, fenilcetonúria, entre outros).
As malformações mais encontradas no período de avaliação foram: cardiopatias congênitas (19; 15%), hidrocefalia (16; 12,6%) e gastrosquise (14; 11%).
Os defeitos congênitos podem envolver qualquer parte de qualquer órgão do corpo, incluindo: Ossos, articulações e músculos....Antes do nascimento
Dentre os principais fatores de exposição ambiental na gestação que estão envolvidos com as anomalias congênitas, podemos destacar: exposição à radiação; infecções no período gestacional; exposição a agentes químicos e/ou farmacêuticas como drogas, álcool e tabaco; influências hormonais; deficiências nutricionais; ...
Portanto, as infecções fetais podem resultar em reabsorção do embrião, aborto, natimorto, anomalias do desenvolvimento, prematuridade, doença aguda aparente ao nascimento ou logo após este ou infecção assintomática no período neonatal com ou sem persistência e desenvol- vimento de seqüelas tardias.
A infecção congênita é quando uma doença é transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez, via intrauterina ou via transplacentária, e pode causar consequências a criança após o nascimento.
Em caso de IgM positiva, deve ser solicitado o teste de avidez de IgG para detectar infecção recente no início da gestação e maior risco de transmissão congênita de toxoplasmose.
Classicamente, o diagnóstico da toxoplasmose é baseado na pesquisa de anticorpos contra o parasita. Muitas pesquisas têm utilizado a imunofluorescência indireta (IFI) para o diagnóstico da toxoplasmose.
A sorologia continua a ser a principal abordagem para estabelecer um diagnóstico de toxoplasmose. Ela baseia-se na pesquisa de anticorpos de diferentes classes de imunoglobulinas (IgG, IgM, IgA e IgE) anti-T. gondii (Camargo, 2001).
A transmissão de uma infecção da mãe para o filho pode dar-se no útero (congênita); durante o parto, um pouco antes (perinatal) ou após o nascimento como, por exemplo, a transmissão de microorganismos pelo leite materno.
As doenças perinatais são aquelas doenças que ocorrem a partir da transmissão da mãe para o filho. Também conhecidas como Neonatais, estas doenças se desenvolvem em quase dez por cento dos nascidos vivos. As mais comuns são: HIV, Herpes, Sífilis, e Hepatite B.
As afecções originadas no período perinatal, são aquelas doenças que o feto pode adquirir durante a semana 28 de gestação até o sétimo dia de vida fora do útero do feto.
Essas infecções podem ser adquiridas intra-útero, durante o parto ou no período pós-parto. A via mais freqüente pela qual o feto se torna infectado é a hematogênica transplacentária, após infecção materna. As infecções adquiridas pelo feto são denominadas infecções congênitas.
São infecções adquiridas por via transplacentária, acometimento intra-útero. Ex.: herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, sífilis, hepatite B e infecção pelo vírus da imunodeficiência humana adquirida (HIV).