Empréstimos linguísticos ocorrem quando palavras de outras línguas se incorporam ao léxico de outra determinada língua. Neste artigo, vamos falar mais sobre esse conceito e trazer exemplos. Vejamos!
Além disso, podemos ver a grande influência que a língua francesa teve sobre o inglês após a conquista normanda e a implementação do governo normando na Inglaterra. Algumas palavras gregas e latinas são usadas constantemente em ciências, artes e filosofia, por exemplo. Como exemplos de algumas palavras emprestadas podemos citar test drive, pet shop, ecobag, notebook, entre outras.
Roman Jakobson, um dos maiores linguistas do século XX, afirmou que “Em matéria de língua não há propriedade privada; tudo é socializado.”, ou seja, todas as palavras podem ser emprestadas livremente transformando e adaptando linguagens. A utilização dessas palavras de outras línguas não é algo inédito, mas muito utilizado por diversas culturas.
Podemos notar que, constantemente, a língua portuguesa adota diversas palavras advindas do inglês norte-americano. Tais vocábulos podem ser difundidos em sua forma original, com sua pronúncia intacta, ou ainda de forma aportuguesada – passam pelo processo fonológico e gráfico de adaptação, como bife, futebol e xampu, por exemplo.
Na Península Ibérica, os árabes permaneceram durante sete séculos e por este motivo o espanhol atual conta com uma série de arabismos: albañil (pedreiro), alcalde (prefeito), albufera (lagoa), alcohol (álcool), jarabe (xarope) e zanahoria (cenoura).
Quando mesmo em nossa própria língua não temos um termo preciso para expressar uma ideia, temos a necessidade de recorrer à outra língua que nos facilite com uma palavra mais adequada. Este fenômeno da linguagem é a essência do empréstimo linguístico.
Podemos citar como exemplo palavras como playground, drag queen, link,remix, site, piercing, notebook, scanner, mouse, shopping, cowboy, marketing, abajur, office, online, hot-dog, delete, entre outras.
Para um italiano, pasta é massa (macarrão). Para um brasileiro, pode ser o creme dental ou o objeto de guardar papéis. O inverso também aconteceu: marmelada (doce de marmelo) foi tomada de empréstimo do português para o inglês como “marmalade”. Só que lá o termo representa uma geleia de laranja com pedaços de casca ou alguma outra espécie de compota ou doce pastoso.
Os empréstimos linguísticos se instalaram nas línguas por razões culturais, políticas, econômicas ou sociais. Este fenômeno da linguagem também ocorre por pura necessidade (por exemplo, no campo da informática, os termos em inglês são usados para denominar novos dispositivos e procedimentos tecnológicos).
A influência dos recursos tecnológicos e da internet no mundo atual é um celeiro de neologismos, como mouse (termo preexistente, mas que assumiu outra acepção) e disquete (o termo já envelheceu, bem sei, mas ilustra o que estou a dizer, inclusive com a forma aportuguesada de “disket”, “diskette” ou “disk”).
As palavras que provêm de uma cópia literal de outro idioma são chamadas de decalques linguísticos. Assim, o living room do inglês foi traduzido como sala de estar, weekend como fim de semana ou leader como líder. Na maioria desses decalques ou reproduções, há uma adaptação fonética ao léxico do idioma receptor.
A proximidade geográfica e cultural entre Espanha e França é a causa de muitos galicismos entre os falantes de espanhol. Alguns dos mais comuns são: champán, souvenir, cabaret, chófer, élite e menú.
No dia a dia, todas essas trocas de palavras e expressões podem causar algumas confusões, sobretudo quando a palavra emprestada muda de significado na língua de destino. Estes são os falsos cognatos.
Os empréstimos linguísticos são palavras “emprestadas” de outras línguas para dar significado à mesma coisa aqui no Brasil. Isso acontece devido ao contato entre as diferentes culturas e seus falantes, quando palavras de outras línguas são usadas para expressão de pensamentos ou ainda para denominar coisas, processos e comportamentos que, em suas próprias línguas, ainda não têm uma palavra ou expressão para simbolizar.
A diferença na pronúncia dessas palavras é flagrante. Seus sons e padrão fonológico foram mexidos ao sabor do povo local, o que afasta a ideia de que usar esses termos é sinal de subserviência. Outro exemplo conhecido é o da palavra forró, que teria sido gerada da “tradução peculiar” do termo em inglês “for all”.
Muitas expressões estrangeiras eram usadas individualmente e, atualmente, são usadas por comunidades, como, por exemplo, café, chá e tabaco que, no inglês e em grande parte das línguas europeias, são, respectivamente, empréstimos das línguas árabe, chinesa e de uma língua índio-americana.
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (fev., 2019). Conceito de Empréstimo Linguístico. Em https://conceitos.com/emprestimo-linguistico/. São Paulo, Brasil.
Do italiano temos empréstimos linguísticos que foram incorporados pela poderosa tradição cultural do Renascimento italiano. Alguns dos italianismos mais comuns são os seguintes: aquarela, adágio, batuta, lira, óleo, soprano, sonata ou espadachim.
No inglês, “prejudice” não quer dizer prejuízo, mas sim preconceito. “Push” é empurrar e “pull” é puxar. Da mesma forma, “exquisite” significa requintado, e não esquisito, como pode parecer.
Palavras existentes podem ser recriadas e adquirirem novas acepções: estes são os neologismos semânticos, que surgem em qualquer parte do globo terrestre. Quando um termo vai para o dicionário de uma língua diferente, chamamos isso de estrangeirismo.
A origem de todas essas palavras é estrangeira (até em Portugal). Mas passaram a ser populares no Brasil, não sem antes muitas delas terem sido “aclimatadas”, ou “tropicalizadas”, caso de tabaco (“tobacco”), surfe (“surf”), sanduíche (“sandwich”), café (“coffee”), xampu (“shampoo”) e até mesmo futebol (“football”, mais precisamente, “soccer”).
As línguas são dinâmicas. Uma palavra não tem dono e pode ser incorporada livremente a qualquer idioma. No Brasil, apagar já virou deletar, impressão virou print, união agora é link e trabalho remoto, home office.
O léxico de uma língua apresenta diversas origens. Se tomarmos como referência o português, a maioria das palavras é resultado da evolução natural do grego clássico e do latim, mas muitas outras provêm do francês, italiano ou inglês.
É um estágio da datilologia que apresenta forma, ritmo e movimento próprios. Algumas palavras parecem transformar-se em sinais (sinal soletrado), equivalendo ao timbre das palavras.
25), o sinal soletrado refere-se a “uma palavra da língua portuguesa que, por empréstimo, passou a pertencer à Libras por ser expressa pelo alfabeto manual com uma incorporação de movimento próprio desta língua”.
Significado de Soletrado adjetivo Pronunciado com exame das letras e separação das sílabas. Lido com atenção e demoradamente. Decifrado. Etimologia (origem da palavra soletrado).
O alfabeto manual consiste do uso de formatos de mãos que representam as letras do alfabeto escrito, juntando as letras, produzidas com a mão, formamos um palavra. ... As configurações de mãos (CM) são formatos de mãos que formam os sinais, como uma das unidades mínimas usadas para produzir um sinal como todo.
O alfabeto datilológico ou alfabeto manual é a denominação referente ao alfabeto em LIBRAS e tem a função de permitir a soletração das palavras ao surdo; é utilizado para palavra que não possui sinal representativo. ...