Na década de 1960, muitos artistas se preocuparam em produzir a "antiarte", ou seja, obras de arte que rompiam com a idéia de contemplação estática e propunham uma apreciação sensorial mais ampla, por meio do tato, do olfato, da audição e, até mesmo, do paladar.
Ao buscar por novas possibilidades de entendimento da cor na obra de arte, produziu os Núcleos e, em sequência, os Bólides, que se baseiam inteiramente na interação com o espectador. Os Núcleos são compostos de placas de madeira geométricas, em diversos tamanhos, que são suspensas e expostas juntas, em três partes.
Fruto das experiências de Hélio Oiticica (1937-1980) com a comunidade da Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira, no Rio de Janeiro, o Parangolé é criado no fim da década de 1960. Considerado por Hélio Oiticica a "totalidade-obra", é o ponto culminante de toda a experiência que realiza com a cor e o espaço.
Ao vestir o Parangolé, o participante se constitui obra de arte e supera a ideia de suporte para a capa. De acordo com Oiticica (2010, p. 13), há uma "incorporação do corpo na obra e da obra no corpo". ... A vivência é o que pulsa nesse movimento criado pelos novos espaços concebidos ao artista e aos participantes.
Em 1968 foi a vez da manifestação “Apocalipopótese”, que reuniu no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, seus Parangolés e os “Ovos” de Lygia Pepe. Em 1969, suas experiências revolucionárias foram reunidas em uma exposição realizada na Whitechapel Gallery, em Londres, denominada “Whitechapel Experiênce”.
26 de julho de 1937
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
22 de março de 1980
Verificado por especialistas A preservação de acervos está relacionada com a manutenção da memória bem como da criatividade e talento de um determinado artista. Sendo assim, a preservação deve ser realizada por intermédio de ambientes que apresentem pouca umidade, sendo secos, com uma temperatura reduzida.