É uma classe de neuroses que apresentam quadros clínicos muito variados, sendo as formas mais identificadas a Histeria de Conversão, em que o conflito psíquico simboliza-se nos sintomas corporais mais diversos, como no caso Dora, e a Histeria de Angústia, de caráter fóbico, como no caso do Pequeno Hans (1909).
Diferente da histeria de angústia,a neurose de angústia é uma neurose atual, mais especificamente caracterizada pela acumulação de uma excitação sexual que se transformaria diretamente em sintoma, sem mediação psíquica.
Segundo Laplanche e Pontalis (1995), a Histeria de Angústia é um tipo de histeria em que a angústia é fixada de modo mais ou menos estável em algum objeto específico, que seriam entendidos como fobias.
Segundo a Psicanálise é uma neurose complexa caracterizada pela instabilidade emocional. Os conflitos interiores manifestam-se em sintomas físicos, como por exemplo, paralisia, cegueira, surdez,comportamentos disfuncionais, desordens convulsivas "funcionais", doenças psicossomáticas ou transtornos de personalidade.
Portanto, a histeria masculina atribuía ao gênero masculino os traços femininos mais estereotipados: sensibilidade, mudanças emocionais e comportamentos afeminados. Da mesma forma, e a título de curiosidade, no século XIX chegou-se a ter a opinião de que a histeria masculina teria como origem a ansiedade.
Era a técnica da sugestão hipnótica direta. Freud percebeu que, se a sugestão hipnótica era capaz de livrar os pacientes dos sintomas, a histeria não era uma doença fisiológica com origem no útero, mas um mal psicológico. ... Freud fez da hipnose sua principal arma para aliviar os sintomas dos pacientes.
catarse
O tratamento consistia em rezas, amuletos e exorcismos. As mulheres identificadas como histéricas eram interrogadas, perseguidas, torturadas e, por vezes, queimadas na fogueira.
O tratamento prescrito na época era a inalação de vapores que emanavam de produtos excêntricos e atividades físicas que teriam como função recolocar o útero no seu lugar certo. Curiosamente, indicava-se preventivamente a prática de atos sexuais.
É como se uma causa inconsciente aflitiva levasse o corpo a expressá-la, mas usando uma linguagem diferente, que não revela a causa do sintoma. Na histeria, há uma ideia de repressão (barreira), que isola as representações desvinculadas dos afetos em uma “segunda consciência”, subordinada à consciência normal.
Freud então, a partir de Charcot, dedicou-se ao estudo da histeria, contribuindo para que a mesma permanecesse como algo de interesse científico e criou uma teoria a fim de explicar e de entender a produção dos sintomas histéricos.
Segundo Cunha, “Um sintoma histérico somente tem origem, quando duas realizações contrárias de desejo, tendo as suas fontes em diferentes sintomas psíquicos, são capazes de se encontrar numa única expressão” (Cunha, 1978, 188).
Doenças e patologias. Neurose é uma doença emocional, afetiva e de personalidade e acontece quando o sistema nervoso de uma pessoa reage com exagero a uma determinada experiência já vivida. ... O tratamento mais adequado para ajudar um paciente neurótico a lidar com esse distúrbio é a psicoterapia.
F40-F48 Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o “stress” e transtornos somatoformes. Grupo de transtornos nos quais uma ansiedade é desencadeada exclusiva ou essencialmente por situações nitidamente determinadas que não apresentam atualmente nenhum perigo real.
É marcado por uma perturbação mental, com manifestações nas esferas física, mental e fisiológica. O comportamento neurótico é relativamente comum e se manifesta em quadros de depressão, fobias, desordens de personalidade e tendências obsessivas-compulsivas.
Quais são as causas das neuroses? Não há um fator único que possa ser apontado como causa das neuroses. O que se tem por estabelecido é que elas são distúrbios do desenvolvimento da personalidade que se iniciam ainda na infância muito precoce, embora só possam ser detectados mais tarde.
Repressão. Mecanismo por meio do qual o Ego impede que os pensamentos que geram ansiedade cheguem à consciência. É o mecanismo de defesa mais básico. Para que qualquer outro ocorra, esse deve acontecer primeiro.