Como intelectual teve importante atuação política ao longo das décadas de 1930 e 1940, tendo participado das articulações para a Revolução de 1930. Decepcionado com a inconsistência política e ideológica da República Nova, aproximou-se do marxismo e filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro, em 1931.
Caio Prado Júnior (1907-1990), um dos maiores intelectuais do século XX, foi um dos responsáveis pela renovaçáo da historiografia e das ciências humanas no Brasil na década de 1930. Estudou o Brasil de forma abrangente e ampliou as discussões até entáo consideradas consolidadas.
Afirma Caio Prado Jr. que “não sofremos nenhuma descontinuidade no decorrer da história” (PRADO JÚNIOR, 2000), ou seja, como tese, ele defende que a história do Brasil é resultado do processo de expansão comercial do século XV, e que nossas mudanças são uma constante transformação em “direção” ao período colonial.
Sérgio Buarque de Holanda coloca a ideia de um padrão colonial ibérico, diferenciando a colonização portuguesa e espanhola da colonização de outros povos europeus (ingleses, franceses, alemães). Para ele, a colonização espanhola, em muito caracterizada pela violência, modificou suas colônias de modo mais veemente.
Caio Prado, autor convictamente influenciado pelas teorias marxistas, debate que a função do Brasil Colônia era única e exclusivamente a de exportação dos produtos agrícolas. Por isso, ele afirma que a colonização teve um caráter predatório e os portugueses foram os protagonistas que iniciaram essa prática econômica.
Para ele, Caio Prado domina mal o conceito de modo de produção capitalista, pois é "circulacionista" e usa mal também o conceito de "burguesia"11. Sodré ironiza Caio Prado: ele afirma que o Brasil é capitalista desde a origem, quando nem a Europa era capitalista entre 1500 e 1700!
Em sua análise da economia colonial brasileira, Caio Prado Jr. estabelece uma divisão entre dois setores. Um deles, o principal – predominantemente voltado para o exterior –, baseado na produção e exportação de gêneros como o açúcar e o tabaco, com vistas ao mercado europeu.
O avanço do comércio estabeleceu o fortalecimento da burguesia enquanto classe econômica. ... No século XVI, com a descoberta do continente americano, a exploração dos vastos territórios também inseriu a colonização neste contexto econômico.
Assim, a colonização do Brasil toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, voltada à exploração dos recursos naturais de um território virgem em proveito do comércio europeu.
Resposta: A colonização portuguesa no Brasil se efetivou a partir da exploração, povoamento, extermínio e conquista dos povos indígenas (povoadores) e das novas terras. ... Já os termos explorar, povoar remete-se à exploração e povoamento do novo território (América).
As expedições bandeirantes tiveram importância crucial para o povoamento, diversificação das atividades econômicas e expansão territorial do Brasil colonial. Ao longo das trilhas percorridas e dos caminhos abertos pelos bandeirantes foram surgindo diversos povoados.
Resposta. Resposta: “brasileiro” surgiu não como adjetivo pátrio, mas para designar quem extraía o pau-brasil e, por extensão, quem atuou na sua comercialização e tráfico – assim como seringueiro, baleeiro, negreiro e pimenteiro (cf. Varnhagen).
Significado de Brasileiro adjetivo, substantivo masculino Do Brasil; natural ou habitante desse país. Apelido dada pelos portugueses aos compatriotas que voltam ricos do Brasil.
Significado de Feitoria substantivo feminino Administração ou cargo de feitor. Casa ou escritório dos feitores.
período (1500-30) em que Portugal não se interessa pela efetiva colonização do Brasil em função deste não preencher os seus interesses mercantilistas (metais e comércio). – durante esse período Portugal limitou-se a enviar para o Brasil expedições de reconhecimento e de defesa e iniciou a extração do pau-brasil.
Resposta. por que os portugueses não encontraram recursos valiosos na terra como ouro e pedras preciosas, assim eles não tiveram motivos para a colonização. mas ele se utilizavam da extração de pau-brasil.
Resposta: Portugal começou sua colonização por razões econômicas e estratégicas. Por um lado as causas econômicas são devido ao declínio nos lucros no comércio com o Oriente e as possibilidades comerciais do Pau-Brasil, a casca da qual se produz um corante vermelho usado para tingir tecidos.
Nesse período Portugal não se interessava em colonizar o Brasil porque simplesmente Portugal não havia achado metais preciosos nas novas terras, já que o principal objetivo deste era obter metais.
Portugal, após ter chegado às Índias com Vasco da Gama em 1498, empenhou-se nas três décadas seguintes (início do século XVI) em expandir e fortalecer o rico comércio das especiarias orientais da Ásia, e deixou o Brasil à mercê dos aventureiros interessados em lucrar com a extração do pau-brasil.
Os portugueses não demonstraram interesse imediato pelas terras brasileiras pois não reconheceram aqui de imediato recursos exploráveis valiosos.
Resposta. Basicamente, não havia interesse da coroa nesse território. O mercado de especiarias da Índia era muito mais proveitoso e vantajoso para Portugal do que a simples exploração do colônia americana.
As feitorias portuguesas eram entrepostos comerciais, geralmente fortificados e instalados em zonas costeiras, que os portugueses construíram para centralizar e dominar o comércio dos produtos locais para o reino (e daí para a Europa).