A Patrística é considerada a primeira fase da filosofia medieval. Sua principal característica era a expansão do Cristianismo na Europa e o combate aos hereges. ... Baseada na filosofia grega, os filósofos desse período tinham como objetivo central compreender a relação entre a fé divina e o racionalismo científico.
A Filosofia Patrística foi um período que se iniciou com a transição entre a Antiguidade e o Medievo. Marilena Chaui destaca que a Filosofia Patrística "inicia-se com as Epístolas de São Paulo e o Evangelho de São João e termina no século VIIIi".
Conceituação de bem e mal O bem é, por vezes, visto como algo que implica a reverência pela vida, continuidade, felicidade ou desenvolvimento humano, enquanto o mal é considerado o recipiente dos contrários.
Resumo: Para Agostinho o mal não existe, apenas é a ausência do bem, por isso Deus não teria por poder tudo e estar em tudo, não criou e nem está no mal. Ele acaba existindo porque os homens não souberam usar a livre-arbítrio.
A graça é, tal como apresentado por Santo Agostinho, a experiência relacional entre o homem e o divino, ou seja, a relação humana com Deus e Cristo redentor, e se inscreve na relação entre livre-arbítrio e liberdade, não sendo estes termos sinônimos.
Em resposta a essa indagação, Santo Agostinho diz que o livre-arbítrio é um bem e um dom de Deus. Ele dá o exemplo da visão, que é um dom de Deus, que permite ao ser humano enxergar. Não é porque se pode pecar por meio dos olhos (cobiça) que Deus não deveria ter dado a visão.
O apelo às leis divinas e à supremacia do poder de Deus sobre quaisquer poderes humanos atribui um caráter crítico ao pensamento político de Santo Agostinho, pois fornece critérios para o julgamento das autoridades seculares e das leis positivas.
Segundo Agostinho o amor ao próximo (a caridade) será visto como a força motriz de toda socialização entre os seres humanos18. O amor é o poder basilar da vontade que culmina na liberdade para Deus, supremo Bem. Esse amor — direcionado aos homens, por causa de Deus — é a caridade.
A ética do amor estabelece critérios para que aqueles que se encontram em situação mais delicada - privados dos bens necessários à vida - possam receber com prioridade o amor que se transforma em justiça social.
Para Agostinho, a verdadeira felicidade tem origem no amor, o homem feliz possui amor em seu coração, estando a sua raiz em Deus. Portanto, cabe ao homem amar a Deus acima de todas as coisas, residindo aí o verdadeiro amor, que faz do homem um ser justo e feliz.
Assim, o conceito de amor em Santo Agostinho foi visto sob duas perspectivas. Para ele, existia o amor natural do homem, que habitava a cidade terrena, e o amor de Deus, que era a base da cidade celeste. Dentre eles, somente o amor de Deus proporcionaria a felicidade ao homem.