Para Thomas Hobbes, a liberdade de ação consiste na ausência de impedi- mentos para realizar uma ação. 3. A liberdade da ação não é absoluta porque sempre podem aparecer em- pecilhos, obstáculos. E ela quase nunca é nula porque, normalmente, resta sempre alguma possibilidade de ação.
Liberdade, no entender de Hobbes, é ausência de obstáculos externos às ações que contribuem para a preservação da vida. Como notamos no Capítulo 14 do Leviatã, a liberdade é um direito, e opõe-se à lei e à obrigação.
Thomas Hobbes defendia a ideia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. O Estado não pode estar sujeito às leis por ele criadas pois isso seria infringir sua soberania. ... A partir desse imperativo, Hobbes constrói toda sua filosofia política.
Na visão antropológica hobbesiana, extremamente negativista e pessimista, os seres humanos egoístas e mal intencionados deveriam ser governados por um poder político absoluto localizado acima desse pacto – e de todos os outros indivíduos (seus súditos) –, sendo assim um legislador pleno e cumpridor dessas leis a fim de ...
Thomas Hobbes (1588-1679) foi um teórico político, filósofo e matemático inglês. Sua obra mais evidente é "Leviatã", cuja ideia central era a defesa do absolutismo e a elaboração da tese do contrato social.
Principais ideias
O que Hobbes quer dizer falando de "guerra de todos contra todos", é que, sempre onde existirem as condições que caracterizam o estado de natureza, este é um estado de guerra de todos os que nele se encontram.
Assim, generaliza-se o estado permanente de conflito entre os homens, o chamado estado de guerra de todos contra todos (HOBBES, p. 57), uma condição sob a qual se encontra toda sociedade desprovida da tutela daquele que seria, para Hobbes o maior dos poderes humanos: a autoridade do Estado-Leviatã.
O estado de natureza e o estado de guerra estão relacionados apenas a alguns homens. Hobbes caracteriza a “guerra de todos contra todos” como algo que pode sempre existir. A “guerra de todos contra todos” independe de condições para existir. O estado de natureza caracteriza-se pela ausência de guerra.
O modo natural sem regulações tinha como consequência a guerra de todos contra todos. E o Estado promovia a segurança individual e coletiva e a ordem porque o homem é lobo do homem.
O homem nasce bom e a sociedade o corrompe. Surge o estado de sociedade onde os possuidores (aqueles que detém a posse de algo) lutam contra aqueles que não possuem bens. Pela extinção dessa insegurança, o contrato social faz com que os indivíduos abandonem o estado de natureza e assumam a liberdade civil.
Assim, neste estado todos executam as leis da natureza e constituem-se como juízes em seus próprios casos. ... Transfere parte de seus deveres e liberdades a um terceiro, um ente administrativo que tem o dever de fazer cumprir o estabelecido em lei ou em contratos particulares.
No estado de natureza, segundo Hobbes, os homens podem todas as coisas e, para tanto, utilizam-se de todos os meios para atingi-las. Conforme esse autor, os homens são maus por natureza (o homem é o lobo do próprio homem), pois possuem um poder de violência ilimitado.
Para o filósofo inglês John Locke, “O motivo que leva os homens a entrarem em sociedade é a preservação da propriedade; e o objetivo para o qual escolhem e autorizam um poder legislativo é tornar possível a existência de leis e regras estabelecidas como guarda e proteção as propriedades de todos os membros da sociedade ...
Segundo a teoria de Hobbes, se o homem já nasce mau, ele não sabe viver em sociedade e precisa de um estado autoritário, que dite as regras, as normas de convivência. “Essa tese vai fundamentar sua visão de estado absoluto. A visão é de que homem não tem pretensão de ser social. Ele é mau, o que causa insociabilidade.