A exsanguineotransfusão do recém-nascido é um procedimentomédico pelo qual o sangue do bebê é removido e substituído por outro, de um doador compatível, para tratar condições clínicas determinadas.
A icterícia (pele amarelada) é um quadro comum nos recém-nascidos, atingindo cerca de 50-65% dos bebês nascidos a termo e até 80% dos prematuros. O amarelamento da pele é visível quando os níveis de Bilirrubinas no sangue se elevam acima de 5mg/dL.
“Os bebês ficam amareladinhos devido ao excesso de bilirrubina (pigmento amarelo) no sangue. A quebra das hemoglobinas dos recém-nascidos é uma das causas do excesso desta substância”, afirma a ginecologista e obstetra Ana Paula Aquino, especialista em reprodução humana do Grupo Huntington.
O tratamento para o amarelão deve ser feito de acordo com a orientação do médico e normalmente envolve o uso de antiparasitários, como Albendazol e Mebendazol, que devem ser usados de acordo com a recomendação, mesmo que não existam mais sinais e sintomas aparentes.
Semiologicamente, o diagnóstico de hiperbilirrubinemia é feito através da avaliação sub- jetiva da coloração da pele e mucosas, podendo-se classificar a icterícia em cruzes (+/4 a ++++/4), de acordo com sua intensidade.
O paciente pode, ainda, ter uma esplenomegalia que pode ser sinal de uma hipertensão portal secundária a uma cirrose, ou de um hiperesplenismo causando hemólise maciça. Pacientes ictéricos e com a vesícula palpável apresentam o Sinal de Courvoisier, sugestivo de neoplasia periampular.
A icterícia neonatal consiste na manifestação clínica da hiperbilirrubinemia, definida como a concentração sérica de bilirrubina indireta (BI) maior que 1,5mg/dL ou de bilirrubina direta (BD) maior que 1,5mg/dL, desde que esta represente mais que 10% do valor de bilirrubina total (BT) (1).