O atendimento integral aos alunos surdos deve ser feito a partir do cumprimento das leis que orientam as políticas públicas relacionadas a inclusão do aluno surdo, principalmente na existência de tradutores e intérpretes na educação básica e superior.
Sua leitura de mundo é feita através de experiências visuais e concretizadas em sua língua natural. No aprendizado da leitura e escrita é necessário ir do mundo para o texto, dos conhecimentos concretizados na língua de sinais e que deverão ser traduzidos para o português.
A língua de sinais portuguesa, de Portugal, é diferente da LIBRAS. Um português surdo não consegue se comunicar com um brasileiro surdo, na língua de sinais. ... Aproximadamente 30% dos surdos brasileiros não sabe ler português. Os restantes 70% sabem ler português mas não têm entendimento claro desta língua.
Existem três tendências educacionais: a oralista, a comunicação total e a abordagem por meio do bilingüismo. O oralismo é um treinamento oral, o bilingüismo, é um método que privilegia a língua de sinais - LIBRAS, já a comunicação total utiliza todas as formas de comunicação, e é a mais utilizada.
Diante do processo de alfabetização, conclui-se que o surdo não é alfabetizado como os demais ouvintes, mas passa por um processo que chamamos de “letramento”. Destaca-se nessa aprendizagem a importância da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), considerando-o bilinguismo.
Os métodos de ensino dividem-se em três abordagens principais que produziram muitas formas de se trabalhar com o aluno surdo. São elas: Oralismo, Comunicação Total e Bilinguismo.
A Comunicação Total defende a utilização de inúmeros recursos linguísticos, tais como, a língua de sinais; linguagem oral; códigos manuais, entre outros. Todos eles são facilitadores de comunicação com as pessoas surdas, privilegiando a comunicação e a interação entre as línguas (orais e sinalizadas).
O método da comunicação total era estruturado com o uso de qualquer estratégia educacional que pudesse recuperar a comunicação das pessoas surdas. Este paradigma combinava diversos recursos que colaborassem com o desenvolvimento da língua oral.
O insucesso do Oralismo deu origem a novas propostas em relação á educação da pessoa surda. A abordagem que surgiu por volta de 1970 foi chamada de Comunicação Total. Os alunos então utilizavam os sinais em contato com outros surdos fluentes. ...
A Comunicação Total foi desenvolvida em meados de 1960, após o fracasso do Oralismo puro em muitos sujeitos surdos, então educadores começaram a utilizar o oralismo com a língua de sinais simultaneamente como uma alternativa de comunicação.
O educador Samuel Heinicke foi o precursor da Comunicação Total. b. O Congresso Internacional de Milão determinou a transformação do ensino individual para a criação de escolas para surdos.
No século seguinte, nos Estados Unidos, Thomas Hopkins Gallaudet e Laurent Clerc (1815) unem o léxico da língua de sinais francesa com a estrutura da língua francesa, adaptando para o inglês, em 1815. Disto surgiram os primeiros esboços da Comunicação Total.
Heinicke é considerado o fundador do oralismo e de uma metodologia que ficou conhecida como o "método alemão". Para ele, o pensamento só é possível através da língua oral, e depende dela.
O Oralismo, a Comunicação total e o Bilinguismo são as abordagens de ensino que mais influenciaram e ainda influência a concepção sobre o sujeito surdo, a língua de sinais e a cultura surda. ... Nesta abordagem o estudante era estimulado a fazer uso de gestos, mímicas, línguas de sinais, oralizar, de aparelhos auditivos.
No Brasil, Lucinda Brito inicia seus importantes estudos lingüísticos em 1982 2 sobre a Língua de Sinais dos índios Urubu-Kaapor da floresta amazônica brasileira, após um mês de convivência com os mesmos, documentando em filme sua experiência.