O tecido adiposo é responsável pela síntese de leptina, um hormônio participante da inibição da fome via hipotálamo. O excesso de peso na obesidade eleva a síntese hormonal dos adipócitos e, consequentemente, os níveis plasmáticos de leptina.
Conclui-se que indivíduos com excesso de peso apre- sentam maior secreção de adipocinas pró-inflamatórias e menor das anti-inflamatórias, caracterizando a obesidade como uma inflamação crônica, o que promove grande im- pacto em diversas funções corporais que estão fortemen- te correlacionadas a doenças cardiovasculares ...
"O tecido adiposo dos obesos tem cicatrizes e inflamação e essas células são menos capazes de armazenar o excesso de calorias, o que pode fazer com que a gordura se mova e envolva órgãos, como fígado.
Estudos posteriores verificaram que, em indivíduos obesos, o tecido adiposo aumenta a capacidade de síntese de moléculas com ação pró-inflamatória, como as citocinas e adipocinas já citadas nesse trabalho, além da proteína C reativa, do fator de transformação do crescimento beta (TGF-β), da molécula de adesão ...
A obesidade hoje tem sido vista como um estado inflamatório de baixa intensidade. Isso se deve ao fato do tecido adiposo branco produzir uma séria de citocinas ou adipo- citocinas que estão envolvidas nesse processo inflamatório.
Entretanto, fica ainda uma pergunta: O que induz a liberação das adipocinas pelo tecido adiposo, iniciando assim a inflamação? Segundo alguns autores3, 11 uma possível explicação seria a hipóxia sofrida pelo tecido adiposo devido à expansão desse tecido no desenvolvimento da obesidade (Figura 1).
Já o processo inflamatório é caracterizado pela secreção de substâncias pelo tecido adiposo, as quais são capazes de elevar o risco cardiovascular.
A obesidade hoje é caracterizada como um estado inflamatório crônico de baixo grau, devido ao aumento sistêmico de adipocinas liberadas pelo tecido adiposo branco, que atualmente é conhecido como um importante órgão endócrino.
O processo inflamatório leva o organismo a produzir cinco sinais clássicos: calor, rubor (vermelhidão), tumor (inchaço, edema), dor e perda da função. Calor e rubor são causados pela dilatação dos vasos e o aumento de fluxo sanguíneo local leva à coloração avermelhada.
A melhor forma de reduzir a inflamação do corpo é diminuir a ingestão dos alimentos pró-inflamatórios e aumentar a ingestão dos alimentos anti-inflamatórios. Além disso, o consumo equilibrado de alimentos com ômega 6 (pró-inflamatório) e ômega 3 (anti-inflamatório) auxilia no controle da inflamação.
A inflamação é uma resposta natural do corpo que acontece quando o organismo se encontra frente a uma infecção por agentes infecciosos como bactérias, vírus ou parasitas, veneno ou quando há alguma lesão por calor, radiação ou trauma.
1 – Alimentos inflamatórios:
O leite, principalmente o de vaca, também pode provocar respostas inflamatórias devido à presença da lactose (o açúcar do leite) ou das proteínas (especialmente a caseína e betalactoglobulina).