De 1974 a 1983, grandes obras na Amazônia serviram de pretexto para o genocídio desse e de outros povos indígenas, por meio de bombardeios, chacinas e destruição de locais sagrados, de acordo com reportagem da National Geographic. ...
Durante a ditadura, as comunidades indígenas encontraram entre os antropólogos, sertanistas e missionários ligados ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi) seus principais apoiadores para resistir às violências e às ameaças cometidas pelo regime, pelos donos de terras, pelos colonos e trabalhadores do garimpo.
O genocídio dos povos indígenas no Brasil começou com a colonização portuguesa das Américas, quando Pedro Álvares Cabral chegou ao que é hoje o Brasil, em 1500. O tratamento violento dos colonizadores e as doenças trazidas pelos europeus causaram a morte de muitos indígenas.
Durante o contexto histórico brasileiro (desde 1500 até a atualidade), os povos indígenas sofreram um processo de conquista, dizimação física (genocídio) e violência cultural (etnocídio) iniciado pelos portugueses e perpetuado, posteriormente, pela população brasileira.
Estima-se que dos 2,5 milhões de povos indígenas que viviam na região que hoje compreende o Brasil, menos de 10% sobreviveram até os anos 1600. A principal razão para o despovoamento foram doenças como a varíola, que avançaram muito além do movimento dos colonos europeus.
Alguns estudos apontam que existiram no Brasil, antes da chegada dos portugueses em 1500, cerca de 3 a 5 milhões de indígenas (a maioria situada ao longo do litoral), que, a partir do contato com os europeus, principalmente portugueses, e em razão da intensa exploração e avanço sobre seus territórios, foram dizimados ...
A história do povoamento indígena no Brasil é, antes de tudo, uma história de despovoamento, já que é possível considerar que o total de nativos que habitavam o atual território brasileiro em 1500 estava na casa dos milhões de pessoas e hoje mal ultrapassa os 300 mil indivíduos. Despovoamento, portanto!