A afetividade é o “combustível” para a cognição, que é o “motor”. A afetividade não se limita apenas às emoções e sentimentos – prazer, desprazer, simpatias, emoções - abrange também as tendências e a vontade, pois é necessário um desejo que mobilize o sujeito a agir em direção à sua meta.
Se a cognição atua no sentido da objetivação e universalização, a afetividade atua no sentido da singularização e significação do conhecimento. O deixar-se afetar é que redunda em aprendizagem em sentido lato, isto é, associada aos processos da equilibração.
Vygotsky afirma que não se pode separar o afetivo do cognitivo, e que um dos grandes problemas da psicologia tradicional é a ruptura entre o intelecto e o afeto, uma vez que o pensamento vem do que ele chama de esfera de motivação, que corresponde às necessidades, interesses, afetos, emoção, etc.
Segundo Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo do aluno se dá por meio da interação social, ou seja, de sua interação com outros indivíduos e com o meio. ... A aprendizagem é uma experiência social, mediada pela utilização de instrumentos e signos, de acordo com os conceitos utilizados pelo próprio autor.
O signo social determina sua participação, ao mesmo tempo que reivindica e institui seu lugar. Através de signos de identidade, o indivíduo é reconhecido por um grupo social ou econômico.