O principal representante do Naturalismo no Brasil foi o maranhense Aluísio Azevedo. Em sua obra máxima, O Cortiço, Aluísio condensou todos os ideais naturalistas ao mostrar como a influência do meio e a força dos instintos determinam o comportamento das personagens.
Já no Brasil, os principais autores naturalistas foram: Aluísio Azevedo, cuja principal obra é O cortiço, de 1890; Adolfo Caminha, com seu romance Bom-crioulo (1895); e Raul Pompeia, com seu livro O Ateneu (1888).
No Brasil, o naturalismo começa em fins do século XIX e tem como marco inicial a publicação do romance “O Mulato” (1881) de Aluísio de Azevedo. A obra tem como tema central o preconceito racial. Também merece destaque sua obra O Cortiço (1890).
Veja algumas obras do Realismo e Naturalismo, com seus autores e respectivos livros:
Machado de Assis
No Brasil, a prosa naturalista foi influenciada por Aluísio Azevedo com a obra O Mulato, publicado em 1881. Esta marcou o início do Naturalismo brasileiro e a obra O Cortiço, também de sua autoria, marcou essa tendência.
Origem do Naturalismo O Naturalismo nasceu após a publicação do livro “O Romance Experimental”, em 1880, pelo escritor Émile Zola. Esse livro foi considerado um manifesto literário desse movimento. Outro titulo de Émile Zola que merece destaque é "Germinal”, lançado em 1885.
O Naturalismo favoreceu a ficção, sob a forma do romance naturalista, que se propunha a estudar e expôr a sociedade naquilo que ela tinha de mais primário ou até animalesco. Nestas obras, o ser humano se torna o objeto de estudo, a partir de um olhar focado na sua fisiologia, nas suas compulsões e patologias.
Os naturalistas brasileiros foram, grosso modo, abolicionistas e engajados no movimento republicano, de modo que a tendência estética de origem francesa ganhou aqui as cores e os problemas nacionais: o racismo, a herança colonial das relações de trabalho e da apropriação da terra, a mestiçagem etc.
O projeto literário do Naturalismo O projeto naturalista pretende colocar a literatura a serviço da ciência. Para cumprir esse projeto, os escritores buscavam olhar para a realidade através da lente do determinismo e das teorias evolucionistas.
O romance O Mulato, de Aluísio Azevedo, foi publicado em 1881 e causou escândalo na sociedade maranhense, não só pela crua linguagem naturalista, mas sobretudo pelo assunto de que tratava: o preconceito racial. A obra teve grande sucesso, foi bem recebido na Corte e tomado como marco do Naturalismo no Brasil.
Com Domingas, uma de suas escravas, ele teve um filho bastardo: Raimundo. José casou-se com Quitéria Inocência de Freitas Santiago e desconfiada da relação que tinha com sua escrava, a esposa pede para açoitar a mulher e ainda, queimar suas genitais. Desesperado, José leva a criança para a casa de seu irmão Manuel.
Os mulatos são comuns no Brasil desde os tempos coloniais, em decorrência da interação sexual sobretudo entre homens portugueses e mulheres africanas. Esses mulatos são resultado dos mais diversos cruzamentos: o banda forra (branco com negro), o salta-atrás (mameluco com negro), o terceirão (branco com mulato).
Podem ser identificados alguns elementos naturalistas, como o anticlericalismo, projetado na figura do cônego Diogo, devasso, hipócrita e assassino. II. Há fortes “resíduos” românticos, já que o autor toma partido do mulato, idealizando-o exageradamente e descrevendo-o como ingênuo e bondoso.
mulato
Aluísio Azevedo
Aluísio Azevedo
CARACTERÍSTICAS
c) O discurso naturalista de Aluísio Azevedo enfatiza nos personagens de O Cortiço o aspecto animalesco, “rasteiro” do ser humano, mas também a sua vitalidade e energia naturais, oriundas do prazer de existir.
O tema em si é a denúncia social do Rio de Janeiro do fim do século XIX. A partir do determinismo e do zoomoorfismo, à luz do Realismo-Naturalismo, Aluisio Azevedo descreve, após profunda observação e análise, a degradação social das camadas baixas e do ser humano como um todo no Brasil.
“O Cortiço” é um romance escrito por Aluísio Azevedo que tem como cenário e personagem principal uma habitação coletiva de pessoas pobres. O autor conta sobre a rotina e as relações dos personagens que nela vivem, explicando seus comportamentos a partir das influências do meio-ambiente, da raça e do contexto histórico.
O Cortiço (1890) – Aluísio Azevedo “(…) a chegada de moradores de alta renda atrai investimentos ao bairro, que elevam os valores dos aluguéis. Isso deixa os preços inviáveis para a população de menor poder aquisitivo que ali vivia. Logo, ela tem de se mudar para locais mais afastados.”
Desfecho. João Romão vê o seu vizinho, Miranda, como um rival. Afinal, Miranda é um português com dinheiro e desfruta de sua riqueza. Em um dado momento, ele consegue o título de barão, ascendendo socialmente.
O cortiço é o lugar precário onde os pobres vivem e representa a mistura de raças. Do outro lado, o sobrado representa a burguesia ascendente do século XIX, ou seja, é o símbolo do ponto aonde se quer chegar.
A obra é narrada em terceira pessoa, com narrador onisciente (que tem conhecimento de tudo), como propunha o movimento naturalista. ... O foco da narração, a princípio, mantém uma aparência de imparcialidade, como se o narrador se apartasse, à semelhança de um deus, do mundo por ele criado.
O personagem principal da história é o cortiço, porque nele as ações acontecem de forma tão dinâmicas que o espaço ganha vida, como se fosse uma pessoa.
é a luta de classes, a luta financeira , através dos explorados e do explorador. relatando a mistura de raças, a crise de valores e desigualdade social.
O Cortiço é um romance do escritor brasileiro Aluísio de Azevedo. A obra retrata a vida das pessoas simples em um cortiço (habitação coletiva) do Rio de Janeiro. ... Com um teor crítico, trata-se de uma exímia representação da realidade brasileira do século XIX.
1890
João Romão é o dono do cortiço, da taverna e da pedreira. Sua amante, Bertoleza, o ajuda de domingo a domingo, trabalhando sem descanso.