Dois anos mais tarde, o papa Leão 10 ameaça puni-lo caso não revogue suas teses; em dezembro de 1520, o rebelde queima a bula papal em protesto, além de um livro de leis católicas e várias obras de seus opositores. Agora Martinho Lutero rompera definitiva e irreversivelmente com Roma.
Muitos recorreram e abusaram das teses de Lutero como justificativa de liberdades estatal nacional, social e política. Lutero não descobriu a liberdade moderna, ele fortaleceu uma dialética, através da qual a liberdade é reconhecida como um processo ambivalente.
18 de fevereiro de 1546
O ato de Martinho Lutero (1483-1546) consistiu em afixar 95 teses na parede do Castelo de Wittenberg desafiando autoridades em teologia para uma disputa escolástica, isto é, uma discussão típica das universidades medievais na qual os debatedores argumentavam e contra-argumentavam a respeito de um tema predefinido.
O estopim da Reforma Protestante aconteceu em 1517, quando Martinho Lutero se deparou com o dominicano Tetzel que vendia indulgências em Wittnberg. Em resposta, no dia 31 de outubro, escreveu 95 teses que criticavam a Igreja Católica e Papa, fixando-os na porta da Catedral de Wittenberg.
A contrarreforma foi o esforço da Igreja Católica para barrar o protestantismo e seu avanço pela Europa. No entanto, alguns historiadores apontam que já existia de modo embrionário uma reforma na Igreja conduzida desde o final do século XV, com Francisco de Cisneros, na Espanha, sendo um caso.
Os 503 anos da Reforma Protestante | Mackenzie.
Os cinco solas
A Contrarreforma (AO 1945: Contra-Reforma), ou Reforma Católica, é o movimento criado pela Igreja Católica a partir de 1545, e que, segundo alguns autores, teria sido uma resposta à Reforma Protestante (de 1517) iniciada por Martinho Lutero.